O rei leva a questão "profundamente a sério" e os académicos terão acesso à coleção real e aos arquivos, garantiu o porta-voz.

A declaração surge depois de um artigo publicado pelo jornal The Guardian que revelou um documento mostrando que o vice-governador da Royal African Company, que comercializava escravos, transferiu 1.000 libras de ações do negócio para o rei Guilherme III, em 1689.

O jornal fez esta revelação do documento, que mostra a ligação de um antigo membro da monarquia britânica com um comerciante de escravos transatlântico, no âmbito de uma série de reportagens sobre riqueza e finanças reais, bem como a ligação da monarquia ao comércio de escravos.

O rei Carlos III subiu ao trono no ano passado, após a morte de sua mãe, a rainha Isabel II, e a sua coroação está prevista para 06 de maio.

Durante uma cerimónia em que Barbados se tornou uma república, há dois anos, o rei Carlos III referiu-se aos "dias mais sombrios do passado e à terrível atrocidade da escravidão, que mancha para sempre a história". Os colonos ingleses usaram escravos africanos para transformar a ilha numa colónia rica na exploração de açúcar.

O tema da escravatura no Império Britânico e os apelos para reparações têm vindo a aumentar.

As investigações sobre os laços da monarquia com a escravatura é copatrocinada pelo Historic Royal Palaces e pela Universidade de Manchester e deve ser concluída até 2026.

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