O livro que a apresentadora de televisão Fátima Lopes escreveu numa fase em que, por motivos de doença, não podia falar já pode ser lido por pessoas cegas ou com baixa visão. «Viver a Vida a Amar» pode ser requisitado na Biblioteca Nacional em Lisboa e também na Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira em Leiria. A iniciativa partiu do Centro do Centro de Recursos para a Inclusão Digital (CRID) da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Instituto Politécnico e Leiria e contou com a parceria da editora Manuscrito.

Para Fátima Lopes, ter pela primeira vez um livro em braille é motivo de «muita alegria». «Deveria ser sempre assim. Estas pessoas têm tanto direito como as outras a lerem o que querem. Tenho um enorme respeito pela deficiência. O mesmo respeito que tenho por todas as pessoas que não têm deficiência. A diferença, na verdade, está nas nossas cabeças», considera a apresentadora do programa «A tarde é sua».

Célia Sousa, coordenadora técnica do CRID da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Instituto Politécnico de Leiria, explica que as obras em braille são realizadas «sempre que solicitadas» e que a escolha de «Viver a Vida a Amar» de Fátima Lopes se deveu ao facto de a apresentadora «ser alguém por quem os portugueses nutrem um carinho muito especial e pelo facto do livro relatar histórias de vida que podem, através da sua leitura, dar alento a quem as lê».

A disponibilização da versão da obra nesta linguagem é também uma forma da instituição agraciar a autora, já que a apresentadora é madrinha da campanha «Mil brinquedos, mil sorrisos», uma iniciativa do Instituto Politécnico de Leiria. Fátima Lopes surge em destaque na edição de fevereiro da Prevenir, já nas bancas, numa entrevista onde fala das palestas que tem dado para ajudar pessoas com problemas. Veja o vídeo do making of da sessão fotográfica para a capa da revista.