Quando chegar ao Siem Reap-Angkor International Airport, se a sua ideia não é andar de táxi, minta. Ao apanhar um tuc-tuc para o centro da cidade, não diga ao condutor que vai ficar alojado no Hotel Park Hyatt Siem Reap. Diga-lhe apenas que vai ficar em casa de uns amigos que vivem junto a essa unidade hoteleira. Se não o fizer, o preço da viagem dispara. E não é difícil de perceber porquê… Veja a galeria de imagens deste hotel.

Localizado no Sivutha Boulevard, uma das zonas mais nobres da urbe, o edifício branco de estilo colonial abriga aquele que é um dos 100 melhores hotéis do mundo e o mais luxuoso da segunda cidade mais importante do Camboja, a seguir à capital, Phnom Penh. Com 104 quartos e 13 suites, disponibiliza habitações com áreas que oscilam entre os 34 e os 242 metros quadrados.

Algumas das divisões mais exclusivas estão equipadas com piscinas, terraços e jardins privativos, mas o luxo e o requinte acabam por ser transversais a todo o empreendimento. As camas são grandes e confortáveis, as casas de banho têm mármores italianos, a decoração é contemporânea e não faltam pequenos mimos para quem estiver disposto a pagar valores que oscilam, em média, entre os 130 € e os 700 € por noite para duas pessoas.

Hospitalidade cambojana com um toque americano

A impressão que o Hotel Park Hyatt Siem Reap causa é, desde o início, as melhores. A hospitalidade que os cambojanos tanto prezam sente-se, aqui, desde os primeiros minutos. A decoração também deslumbra. Sóbria, distinta e elegante e muito requintada, esta unidade hoteleira, que também integra um ginásio, um spa e três restaurantes, seduz pelos detalhes.

Uma das melhores memórias que tenho é do pequeno-almoço, verdadeiramente delicioso, tomado nas camas suspensas do pátio principal. O enquadramento perfeito para uma daquelas experiências que teimam em perdurar no tempo. Se soubesse, tinha contratado um tuc-tuc com guia para mais tarde, para poder desfrutar de todo aquele cenário com outra tranquilidade.

Tivemos de nos apressar para não falhar o combinado mas a verdade é que, à hora acordada, o nosso motorista não apareceu. Provavelmente, encontrou na véspera um casal de turistas certamente disposto a pagar mais e a regatear menos. Consta que é uma situação muito comum. No entanto, bastou ir para a rua para, em poucos minutos, resolver o problema.

O hotel que obriga a mentir quando se chega ao aeroporto

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As muitas atrações turísticas que circundam o hotel

Localizado a apenas sete quilómetros do Parque Arqueológico de Angkor, a principal atração turística de Siem Reap, o Hotel Park Hyatt Siem Reap é o poiso certo para descobrir os encantos da cidade. O bairro colonial francês e o mercado antigo ficam a apenas um quilómetro e a residência real, outro dos pontos de passagem obrigatórios, também é facilmente acessível a pé. O lago Tonle Sap, muito procurado pelos turistas, está a 12 quilómetros.

Os muitos templos e monumentos espalhados espalhados pela área ocupada pelo parque, decretado Património Mundial da UNESCO em 1992, são, no entanto, o que mais entusiasma os milhares de visitantes anuais. O Templo de Angkor Wat é o mais famoso mas os de Bayon, de Banteay Srei, de Preah Khan, de Phnom Bakheng e o de Thommanon não lhe ficam atrás.

O Terraço dos Elefantes, que tem acesso direto pela entrada oriental do Templo de de Angkor Thom e que deve o nome aos relevos pictóricos destes mamíferos que exibe, é outro dos locais mais procurados. O ideal é reservar um ou dois dias para deambular tranquilamente pelo recinto. Dedicado ao deus Shiva, o Templo de Ta Keo, também conhecido como Preah Keo, também deve ser incluído no seu roteiro. Os mais antigos apelidavam-no de Hema-sringagiri, a montanha com picos de ouro.

Dicas para viajantes precavidos

Viajar diretamente para o Camboja encarece o preço final da viagem, pelo que é mais recomendável reservar para lá um voo a partir da Tailândia ou do Vietname. Com uma temperatura média que oscila entre os 33º C durante o dia e os 25º C à noite, o país desfruta de um clima ameno. Se não gosta de andar de guarda-chuva atrás, entre os meses de julho e setembro é melhor não viajar para lá. A época da chuva dura três meses.

Apesar da moeda local ser o khmer riel, a maior parte das transações são feitas em dólares. Na maioria das lojas e dos restaurantes, os preços são afixados na moeda norte-americana, o que acaba por gerar uma economia paralela, pagando os estrangeiros preços bastante acima dos cobrados aos cidadãos locais. Para facilitar os trocos, leve notas pequenas, uma vez que os trocos são dados na moeda nacional.

Simpáticos e de sorriso fácil, os cambojanos são, na sua maioria, budistas. Também é muito comum ver emigrantes chineses e vietnamitas. Embora a linguagem oficial seja o khmer, em Siem Reap há muita gente que se esforça por falar inglês, o que facilita a interação com os turistas. Se ficar dias suficientes na região, apanhe o autocarro local da empresa Giant Ibis e vá até Battambang, uma cidade pitoresca que fica a apenas duas horas e meia de viagem.

Texto: Luis Batista Gonçalves