“Carne: A Pegada Insustentável” acaba de arrecadar o prémio de “Melhor Documentário” no Frankfurt Indie Stars Film Festival. Depois de estar nomeado para melhor filme português do ano no Fantasporto 2024, o primeiro documentário português sobre alimentação plant-based é agora reconhecido pela critica internacional e estará disponível gratuitamente, a partir das 16h00 de 18 de abril, na plataforma de streaming da especialidade WaterBear.

Carne: A Pegada Insustentável" é o primeiro documentário português a abordar a urgência de uma mudança nos padrões de alimentação da população mundial, privilegiando uma dieta plant-based (origem vegetal) em detrimento de uma alimentação assente em proteína animal. Apesar de se centrar na realidade nacional, esta longa-metragem é filmada em países como Portugal, Líbano, Reino Unido, França e Bélgica.

Carne: A Pegada Insustentável. “Estamos a matar animais e os animais estão a matar-nos”
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Com mais de 20 entrevistas a especialistas na matéria, nacionais e internacionais, bem como a pessoas que adotaram este tipo de alimentação, o documentário conta ainda com a participação do biólogo, escritor e cronista regular no “The Guardian”, George Monbiot, tal como do professor, Gabriel Mateus, e dos fundadores do santuário animal localizado em Paredes de Coura, a Quinta das Águias, Ivone e Joep Ingen Housz.

“Este reconhecimento internacional só vem comprovar que é possível desenvolverem-se conteúdos de qualidade sem grandes investimentos. Neste caso, o segredo, quanto a mim, passou por juntar uma causa comum à mestria do Hugo de Almeida para contar histórias deste género, que acabam por não deixar ninguém indiferente. Este prémio é uma honra para todos os que participámos no projeto, mas o que esperamos verdadeiramente é que ajude a dar-lhe ainda mais visibilidade e, desse modo, o possa fazer chegar ao conhecimento de cada vez mais pessoas”, considera o eurodeputado e produtor Francisco Guerreiro.

O documentário teve estreia mundial no passado dia 25 de novembro, em Lisboa, numa série de eventos fechados de visualização e, desde então, não havia sido disponibilizado ao grande público.

“Convém não esquecer, o maior propósito por trás da criação deste documentário passa exatamente por envolver a sociedade civil numa série de temáticas que, na minha perspetiva, são vitais para a sobrevivência dos animais, do planeta e até de toda a humanidade. Assim sendo, o nosso objetivo desde sempre foi desenvolver um conteúdo capaz de cativar, sem deixar de mostrar, contudo, a realidade dos dias de hoje na Europa, incluindo em Portugal, que pudesse ser acessível a todos os interessados. É por isso que estamos muito entusiasmados pelo interesse demonstrado por uma plataforma da dimensão da WaterBear, que certamente fará chegar o filme a muitas pessoas espalhadas pelo mundo”, justifica o realizador Hugo de Almeida.