O romance "Combateremos a Sombra", de Lídia Jorge, editado em 2007 pelas Publicações Dom Quixote, foi distinguido com o Prémio Charles Bisset 2008, atribuído pela Associação Francesa de Psiquiatria. Segundo a editora Dom Quixote, Lídia Jorge é a primeira autora portuguesa a receber este prémio, pela primeira vez atribuído em 1987 e que distingue obras que, pela sua qualidade, «evocam e aprofundam a problemática humana e que respeitem a verdade dessa problemática».

Na edição francesa, o romance foi publicado com o título “Nous Combattrons l`Ombre” pelas Éditions Métailié.

O galardão - com o nome de um médico e escritor inglês do século XVIII - será entregue à escritora durante o Salão do Livro, em Paris, em sessão em que a autora estará presente e em que livro será apresentado pelo presidente da Associação Francesa de Psiquiatria, Michel Demangeant.

Já com diversos e importantes prémios literários nacionais e internacionais no seu currículo, Lídia Jorge, 62 anos, estreou-se na ficção com o romance "O Dia dos Prodígios", em 1980.

Nascida em Boliqueime (Faro), e licenciada em Filologia Românica na Faculdade de Letras de Lisboa, a autora publicou desde a sua estreia literária romances como "O Cais das Merendas", "Notícia da Cidade Silvestre", "A Costa dos Murmúrios" (adaptado ao cinema por Margarida Cardoso), "O Jardim sem Limites" e "O Vento Assobiando nas Gruas", romance com que obteve o Grande Prémio da Associação Portuguesa de Escritores e o Prémio Correntes d`Escritas, e "Combateremos a sombra".

São ainda da sua autoria as colectâneas de contos "Marido e Outros Contos", "O Belo Adormecido" e "Praça de Londres" e a peça de teatro "A maçom", levada à cena no Teatro Nacional Dona Maria II em 1997.

Fonte: Agência Lusa

18 de Março de 2009

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