O consumismo é fruto de falta de amor-próprio
Começamos com uma frase que acreditamos possa responder a um dos grandes problemas dos nossos tempos. Somos uma sociedade assente no consumo que chega a ser muitas vezes excessivo. Por norma este excesso de consumo é explicado porque não fazemos um orçamento, o que nos leva a gastar mais do que podemos. Não deixando de ser uma realidade, o problema é mais profundo.
Já pensámos por que motivo muitas pessoas quando ficam chateadas vão consumir? Ou por que quando estamos com fome tendemos a gastar mais dinheiro? Na realidade, ao estarmos numa situação de carência vamos procurar conforto. Infelizmente, com o crescimento exponencial do acesso ao crédito… foi fácil confortarmo-nos quando sentimos carência. E a maior carência, aquela que é mais marcante e estruturante nas nossas vidas é a carência de amor-próprio. Se temos falta de amor-próprio vamos procurar gastar para nos sentirmos melhor. Para nos sentirmos poderosos. Para sentirmos que controlamos. Para sentirmos que pelo menos naquele momento somos especiais.
E quais as nossas prioridades?
Se associarmos alguma falta de amor-próprio a dificuldades de definição de prioridades temos uma mistura explosiva. Quando falamos de consumo temos de saber com rigor aquilo que é importante nas nossas vidas. Se parar agora para pensar irá perceber que as melhores coisas da vida têm imenso valor mas não têm um preço. Ou não têm um custo. E se concluir isso irá perceber que provavelmente gasta dinheiro em algo que não precisa. E isso implicará que tem aí margem para gastar dinheiro noutras coisas, essas sim essenciais às nossas vidas. E já agora, transmitir aos seus filhos que há coisas melhores do que os bens materiais…
E agora?
Depois desta reflexão bastará alertar para a necessidade de sermos exigentes e ganharmos a capacidade de nos motivarmos. Podemos ser auto motivados ou pedir ajuda a terceiros. Podemos ter mentores. Podemos ter coaches (agora está muito na moda). Podemos ter pessoas que nos ajudem a definir objetivos e a definir os caminhos e estratégias para os atingir. O importante é pensar nos problemas e iniciar o caminho para os solucionar. E no que toca à poupança, encontrar espaço para constituir as nossas contas poupança para uma eventualidade? Ou mesmo fazer um PPR?
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