A taxa de incidência do cancro da próstata é de cerca de 40.000 casos por ano.

A sintomatologia mais característica é a dificuldade para iniciar a micção, para além do aumento da frequência da vontade de urinar, podendo traduzir-se em pouca quantidade de urina devido à dificuldade em esvaziar a bexiga (o doente costuma levantar-se várias vezes durante a noite para urinar).

Outro sinal é a diminuição da força do jacto de urina, assim como uma sensação de peso na região pélvica.

Quem corre mais risco

Trata-se de um tumor dependente das hormonas masculinas (androgénios), o que significa que está directamente associado à idade, ou seja, quanto mais velho for um indivíduo, maior o risco, devido à diminuição progressiva destas hormonas.

Os especialistas garantem que entre 70 a 90% dos homens de 80 anos apresentam este tumor que, geralmente, é de crescimento lento. Os familiares em primeiro grau de um afectado têm maior risco de padecer dele do que a população em geral.

Como prevenir

Aconselham-se check-ups preventivos a partir dos 50 anos em toda a população masculina e a partir dos 40 anos para os homens com antecedentes deste tumor em pais ou irmãos.

O check-up consiste numa análise ao sangue que determina o antigénio prostático específico (mais conhecido por PSA), cujos valores normais variam consoante a idade. Para além disso, deve ser complementado com um toque rectal executado pelo urologista.

Avanços médicos

  • Bróculos + tomate + romã. Segundo um estudo da Universidade de Illinois (EUA), ingerir de forma conjunta bróculos e tomate aumenta a protecção relativamente ao cancro da próstata. Os autores do estudo recomendam a ingestão diária de 100 g de bróculos e 150 g de tomate. Para além disso, recomendam também a ingestão de sumo de romã.
  • Braquiterapia. Um estudo realizado no Centro contra o Cancro Memorial Sloan-Kettering, em Nova Iorque, demonstrou que os pacientes de cancro da próstata com critérios para serem tratados com implantes de sementes radioactivas (braquiterapia) têm maiores taxas de sobrevivência. Estas sementes, do tamanho de um grão de arroz, foram criadas de forma a emitirem radiação concentrada unicamente à próstata.

 
Texto: Fernanda Soares
Revisão científica: Dr. Hélder Monteiro (director do Serviço de Urologia do Hospital Egas Moniz, em Lisboa)