Todos os anos morrem, no mundo, entre 250 mil e 500 mil pessoas por causa da gripe. Na  Europa, a média é de 38.500 óbitos, mas as diferenças são significativas de época para época, dependendo muito da virulência das estirpes em circulação. Em Portugal, a média anual é de 2.400 óbitos.

A vacinação é também um ato de responsabilidade social. Os benefícios individuais são óbvios: não contrair a doença, principalmente em pessoas mais idosas e doentes crónicos (asma e outras doenças pulmonares crónicas, diabetes, doença renal, pulmonar ou cardíaca), evita o desenvolvimento de complicações como, por exemplo, pneumonia.

Ao nível da saúde pública, facilmente se percebe que o aumento do número de pessoas vacinadas reduz a probabilidade de contágio, controlando a doença de forma mais eficaz.

E, se ainda não tinha pensado nisto, saiba que o custo da vacina é muitas vezes inferior aos custos económicos dos tratamentos, dos absentismos laboral, escolar e social. Contas feitas, é como diz o povo: mais vale prevenir!

Um milhão de dias de baixa por ano

A gripe implica mais consultas médicas, mais admissões nas urgências hospitalares, mais internamentos, menos disponibilidade para outros doentes, mais custos com medicamentos e equipamentos. Um estudo de 2016, publicado na revista “Human Vaccines & Immunotherapeutics”, refere que, em 2005, o custo médio das consultas médicas em todos os Estados-Membros da UE era estimado em 267,2 milhões de euros e o custo das idas às urgências em 11,5 mil milhões de euros!

Vários estudos internacionais contabilizam as faltas ao trabalho devido à gripe, apontando para períodos médios de absentismo de 0,8 a 4,9 dias. Em Portugal, a infeção causa um milhão de dias de baixa por ano, em Espanha a doença explica dez a 17 por cento das baixas, enquanto que o custo de perda de produtividade em França e na Alemanha foi estimado entre 6,4 mil milhões e 9,8 mil milhões de euros por ano. Calcula-se que em toda a Europa o impacto total de uma época gripal em custos, diretos e indiretos, seja de 56,7 milhões de euros por milhão de pessoas. 70% deste valor poderia ter sido evitado pela vacina da gripe.

O QUE É?

A gripe é uma infeção respiratória provocada pelos vírus influenza. Atinge principalmente as vias aéreas superiores: nariz e fossas nasais, seios perinasais, boca, faringe e laringe. Surge nos meses frios entre novembro e março.

SINTOMAS

ADULTOS: Arrepios e febre alta, dores musculares, articulares e de cabeça. Este mal-estar geral é, muitas vezes, acompanhado de tosse seca, ligeira dor de garganta e nariz entupido, podendo a tosse intensificar-se e, em alguns casos, ser acompanhada por expetoração.

CRIANÇAS: Nos bebés é frequente a doença manifestar-se por febre alta, prostração (estado de imobilização e ausência de reacção, devido a cansaço) e sintomas gastrointestinais, como vómitos e diarreia. Nas crianças até aos três anos, para além dos sintomas anteriores é frequente surgirem otites.

TRATAMENTO

A gripe não tem tratamento. Só se pode tratar os sintomas. E, por ser uma doença viral, ou seja, causada por vírus, os antibióticos não produzem qualquer efeito, já que são substâncias com a capacidade de impedir a multiplicação de bactérias ou de as destruir.

CUIDADOS NÃO MEDICAMENTOSOS

REPOUSO: Fique em casa. Evita contaminar outras pessoas e dá tempo ao organismo para recuperar.

HIDRATAÇÃO: Ingira líquidos, de preferência água, mas também sumos sem açúcar, chá, tisanas ou sopa. Ajudam a diminuir a irritação da garganta e a prevenir a desidratação que pode surgir associada à febre.

A EVITAR: Mudanças bruscas de temperatura e locais pouco arejados.

Texto de CEDIME

Saiba mais no site das Farmácias Portuguesas

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