O presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques (PSD), frisou que esta USF "terá uma dimensão social e de proximidade vital naquela zona da cidade, permitindo apoiar 2.000 residentes", a maior parte dos quais idosos.

"Não se trata apenas de reabilitar um imóvel histórico datado de inícios do século XVIII. Não se trata apenas de instalar mais um serviço público", considerou.

Segundo o autarca, "trata-se sobretudo de criar mais uma âncora para revitalizar o coração antigo" da cidade, "dando consistência à política de reabilitação, atração de novos moradores, fixação de novos serviços e atividades" que a Câmara tem desenvolvido.

Com o protocolo hoje celebrado, a reabilitação da Casa das Bocas e o equipamento da USF veem garantido o acesso ao financiamento comunitário do Portugal 2020.

A Casa das Bocas tinha sido adquirida em dezembro pela Câmara de Viseu com a intenção de aí instalar um serviço público de saúde que apoiasse os moradores do centro histórico.

A futura USF terá uma área de cerca de 800 metros quadrados, devendo o investimento rondar um milhão de euros.

O ministro da Saúde, Paulo Macedo, referiu que a criação de uma USF no centro histórico se insere "num positivo programa de planeamento e reabilitação que tem sido realizado pela autarquia, onde a implantação de serviços públicos surge como uma estratégia de elevada atratividade".

Por outro lado, "dá à Saúde condições de prestação de cuidados de saúde primários em condições de qualidade e segurança aos utentes residentes no centro histórico da cidade de Viseu", acrescentou.

Segundo Paulo Macedo, a região Centro tem, desde a semana passada, 53 USF ativas, "a que corresponde mais de meio milhão de utentes assistidos".