Nuno Pereira é o vereador com os pelouros dos equipamentos municipais e do abastecimento de água, saneamento e salubridade e explicou à agência Lusa que a análise positiva foi detetada nas canalizações sanitárias, antes da habitual reabertura no terceiro trimestre do ano, e que a autarquia decidiu aproveitar a obrigatoriedade de intervir na instalação para renová-la de forma “mais aprofundada, porque já tinha cerca de duas décadas”.

“A piscina está aberta há aproximadamente 20 anos, as condutas já têm algum tempo e carecem de verificação com regularidade. Acontece que, numa das análises de rotina que fizemos - não à água do tanque, onde são feitas análises quinzenais, mas nas águas balneares, nas águas sanitárias, que são feitas duas vezes por ano -, foi detetada a ‘legionella’”, afirmou o vereador.

A mesma fonte precisou que, “como as condutas já têm algum tempo e era necessário intervir”, a autarquia “aproveitou a situação para encerrar as instalações e fazer esses trabalhos de renovação”, que vão centrar-se na “substituição de todas as condutas e reservatórios de água quente” e estão avaliados em cerca de 100 mil euros.

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Além da referida substituição das condutas e reservatórios, a autarquia vai aproveitar também para realizar trabalhos de adaptação a novas legislações ou para dar maior segurança e conforto aos utentes, “como a questão dos lava-pés”, exemplificou o vereador, sublinhando que “já está em curso o procedimento” para realizar as obras. “A minha previsão aponta para o mês de fevereiro. Se eles conseguirem entrar em obra logo no início de fevereiro, penso que até ao final do mês concluem a intervenção. Se não for ainda em fevereiro, na pior das hipóteses no início de março estará concluída”, calendarizou o vereador da câmara algarvia, uma das 16 do distrito de Faro.

As piscinas municipais de Castro Marim encerram todos os anos durante o verão e reabrem em meados de setembro ou no início de outubro, mas no ano passado não reabriram por causa dessa análise positiva, explicou ainda o autarca, frisando que, até agora, a autarquia não teve capacidade financeira para intervir e o espaço manteve-se fechado.

“Como não havia verba para a obra, tivemos que colocá-la no orçamento deste ano”, justificou o vereador, frisando que a autarquia está a trabalhar para “abrir as piscinas o mais rapidamente possível, mas garantindo a segurança e a saúde pública".