Este valor indica um aumento de 55 casos associados a este vírus, o que representa uma subida de 3,8% na última semana, segundo o boletim sobre a doença publicado hoje pelo ministério.

As autoridades sanitárias investigam outros 3.162 casos possíveis de microcefalia e descartaram já 3.072 notificações, das 7.723 notificações recebidas, porque não se constatou esta malformação nos bebés ou porque esta não foi causada por agentes infecciosos.

Segundo o último boletim epidemiológico do ministério, até ao momento confirmaram-se 223 casos da relação entre a microcefalia e este vírus, enquanto nos restantes casos o vínculo entre a doença e o vírus não foi completamente corroborado.

Apenas o estado de Acre, no norte do país, não registou qualquer caso confirmado até ao momento.

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É na Região do Nordeste do Brasil que 88,5% dos casos de microcefalia se concentram, com especial incidência nos estados de Pernambuco e de Bahia, com 358 e 249 casos confirmados, respetivamente.

O vírus do Zika, tal como o dengue e o chikunguña, são transmitidos pelo mosquito “Aedes aegypti”, que é comum na região da América Latina e do Caribe.

O Brasil é um dos países mais afetados pelo Zika e onde se notificaram mais casos de microcefalia em recém-nascidos, supostamente relacionados com o vírus.

A Direção-Geral da Saúde recomendou, a propósito do vírus Zika e dos Jogos Olímpicos, que decorrerão no Brasil, que as grávidas não devem viajar para este país e que, se os cônjuges o fizerem, devem depois usar preservativo.

Esta situação gerou alarme a nível internacional, especialmente por causa da próxima celebração dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, o que poderia facilitar a propagação do vírus a diversos países como consequência do alto número de turistas que o país receberá para o evento.

O governo brasileiro decretou estado de emergência sanitária em novembro do ano passado e a Organização Mundial de Saúde declarou dia 1 de fevereiro uma emergência sanitária de interesse internacional devido à rápida propagação do Zika.