Modelo Taylor Muhl tem dois tons de pele porque absorveu irmã gémea no útero da mãe
créditos: Facebook Taylor Muhl

Chama-se quimerismo e acontece quando um ser humano tem no seu organismo duas ou mais populações de células geneticamente distintas com origem em zigotos diferentes. Um zigoto é o produto da reprodução sexuada.

O quimerismo é raro em seres humanos, há registo de cerca de 40 casos, mas é um fenómeno relativamente estudado na ciência, sobretudo em animais.

O óvulo que gerou Taylor Muhl absorveu outro óvulo, que seria o da sua irmã, ainda no útero da progenitora. O resultado é um óvulo que contém dois sistemas de ADN distintos.

Até 2009, a modelo nunca tinha ouvido falar sobre essa condição genética. Porém, naquele ano, assistiu a um documentário sobre o tema e procurou ajuda médica que acabou por confirmar as suspeitas.

"Sou a minha própria irmã gémea. Quando nasci, acharam que tinha uma marca de nascença, mas conforme cresci, essa mancha foi aumentando... Até que um médico finalmente confirmou que sou mais um caso de quimerismo", revelou a modelo norte-americana.

Em entrevista ao "Daily Mail", Taylor Muhl recorda que era obcecada por irmãos gémeos na sua infância, embora nessa época nem desconfiasse que dividia o ADN com a irmã que nunca nasceu. "Houve uma fase, quando eu tinha 6 anos, que perguntava insistentemente à minha mãe se tinha uma irmã gémea. Eu até queria brincar às gémeas com as minhas amigas", disse ao referido jornal britânico.

O lado esquerdo do corpo de Taylor Muhl é ligeiramente maior do que o direito e ela tem dois sistemas imunitários e dois sistemas linfáticos independentes. A grande diferença na tonalidade da pele faz o caso de Taylor ainda mais raro, porque a maioria das pessoas portadoras do quimerismo apresenta apenas sinais internos ou pequenas marcas.

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