“Feitas as contas, este ano não obtiveram colocação nesta fase 1.572 professores (isto é, mais 378 que no ano passado e mais 655 que há dois anos)”, refere a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) em comunicado.
Segundo a estimativa sindical, os grupos de recrutamento – áreas de ensino – com mais docentes sem turma atribuída são a educação pré-escolar (508), o 1.º ciclo do ensino básico (318), Educação Visual e Tecnológica, do 2.º ciclo (274) e Educação Tecnológica, do 3.º ciclo (140).
“Estes professores são todos necessários às escolas, pois sem eles não será possível universalizar a resposta de educação pré-escolar, não haverá valorização do 1.º ciclo e não teremos uma resposta múltipla nas suas respostas, diferente da que o governo anterior tentou impor. Da equipa ministerial espera-se que, até ao início das aulas, as escolas possam contar com todos os seus professores, incluindo estes, o que significa reduzir a zero a lista de docentes que se mantém com horário-zero”, lê-se no comunicado.
Veja isto: Os almoços nas escolas de todo o mundo
Saiba ainda: Para a filha comer, pai criar refeições divertidas
A Fenprof afirma ainda que entre 36.103 candidatos, 28.797 não conseguiram colocação.
“É natural que, até final do primeiro período letivo, cerca de mais 8.000 professores sejam contratados pelas escolas. Ainda assim, 20.000 ficarão no desemprego, não podendo esquecer-se que nos últimos 5 anos, mais de 12.000 professores “desapareceram” dos concursos, o que significa que desistiram de concorrer”, refere-se no comunicado, no qual se defende que a aprovação do regime especial de aposentação para os professores ajudaria também a dar resposta ao desemprego entre os contratados.
O Ministério da Educação divulgou na terça-feira as listas de colocação de professores nas escolas no âmbito do concurso de mobilidade interna e contratação inicial.
Este ano 7.306 docentes contratados conseguiram um lugar nas escolas, mais 500 do que no ano anterior, segundo a tutela.
Comentários