"Os números [da paralisação] aproximam-se dos 90% a nível nacional", disse Artur Sequeira, da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, numa conferência de imprensa realizada na escola Passos Manuel, em Lisboa, que hoje não abriu.

Também presente no local, o líder da CGTP, Arménio Carlos, considerou que os valores da adesão estão a fazer da greve uma "jornada memorável". "O Governo vai ter de tirar ilações desta jornada de luta", acrescentou Arménio Carlos.

Há várias escolas e hospitais afetados. No São João, no Porto, a adesão à greve ronda os 75%.

Já em Coimbra, as queixas concentram-se sobretudo na saúde, onde vários utentes ficaram sem consulta. Situação semelhante na grande Lisboa.

Em Vila Real, Porto e Lisboa há dezenas de escolas encerradas.

Greve começou à meia noite

Convocada pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS), a greve nacional de hoje foi anunciada no início de abril para reivindicar aumentos salariais, pagamento de horas extraordinárias e as 35 horas de trabalho semanais para todos os funcionários do Estado.

O regime das 35 horas foi reposto em julho de 2016, deixando de fora os funcionários com contrato individual de trabalho, sobretudo os que prestam serviço nos hospitais EPE.

A FNSTFPS, afeta à CGTP, é composta pelos sindicatos do norte, centro, sul, regiões autónomas e consulares, e representa 330 mil funcionários.

A última greve geral convocada pela FNSTFPS com vista à reposição das 35 horas semanais realizou-se em janeiro do ano passado, e teve, segundo a estrutura, uma adesão média entre 70% e 80%, incluindo os hospitais.