As causas de morte dos dois instruendos dos Comandos, uma no dia 4 e outra a 10 de setembro, na sequência de exercícios em Alcochete, continuam a ser formalmente uma incógnita.

No entanto, a edição impressa desta terça-feira (25/10) do Correio da Manhã escreve que um erro médico crasso terá conduzida à morte os militares do curso de comandos.

Um mês e meio depois, o Instituto de Medicina Legal de Lisboa ainda não conseguiu despachar os relatórios de autópsias de Hugo Abreu e Dylan da Silva. Não restam dúvidas de que a desidratação extrema a que as vítimas foram sujeitas esteve na origem da falência de órgãos que se revelou fatal. Na altura, fonte do exército apontava para um possível golpe de calor como a causa da morte.

A investigação da PJ Militar e do DIAP de Lisboa precisa de ter a certeza de que os militares não tomaram substâncias dopantes que pudessem ter acelerado a desidratação, aguardando assim o resultado dos exames de toxicologia.

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O bastonário da Ordem dos médicos decidiu abrir um processo disciplinar ao clínico que tomou a decisão de reter Hugo Abreu e Dylan Araújo da Silva no campo de tiro de Alcochete, avança a RTP.

Os militares que foram alvo de processos disciplinares por "indícios de prática de infração" no 127.º curso de Comandos mantêm-se ao serviço e em funções no curso até à eventual condenação, disse à Lusa fonte do Exército.

O Exército divulgou que foram abertos dois processos disciplinares por terem sido apurados "indícios da prática de infração disciplinar" na sequência do processo de averiguações instaurado no âmbito do 127.º curso de Comandos.

Questionado pela Lusa, o porta-voz do Exército, Vicente Pereira, confirmou que aqueles militares continuam a desempenhar as suas funções no 127.º curso, frisando que a suspensão de serviço é em sim mesma "uma pena disciplinar passível de ser aplicada, nos termos do Regulamento de Disciplina Militar (RDM), no final do processo e em caso de acusação e condenação".