Durante as próximas seis semanas, vários centros de saúde da região de Lisboa e Vale do Tejo vão ter as portas abertas mais tempo, à noite e ao fim-de-semana, para poder dar resposta à garnde afluência de doentes por causa da epidemia de gripe. O objetivo é aliviar os serviços de urgência hospitalares.

A Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo divulgou esta segunda-feira, no site do ministério, a lista das várias unidades dos cuidados de saúde com horários alargados incluídas no “plano de contingência da gripe”, que termina a 27 de fevereiro.

O plano é anunciado numa altura em que várias urgências hospitalares continuam em rutura e em que são conhecidos novos casos de morte nestes serviços, após longas horas de espera.

A Plataforma Lisboa em Defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS) exigiu entretanto a demissão do ministro da Saúde, numa carta divulgada esta segunda-feira e em que o governante é responsabilizado "pela situação caótica nas urgências e mortes por alegada falta de assistência".

Responsáveis da Plataforma, citados pela agência de notícias Lusa, atribuem a atual situação aos "sucessivos desinvestimentos no SNS" que "conduziram à saída de milhares de profissionais de saúde, à redução do número de camas até de doentes agudos, ao fecho de extensões, centros de saúde e urgências".