“Não posso deixar de ficar preocupado, mostra muito pouca democraticidade na forma em como vê as coisas, os regulamentos preveem que o bastonário seja eleito com 50% mais um, não tendo ninguém atingido esse resultado há uma segunda volta, estava previsto. Quando andamos neste jogo democrático de boa-fé não temos de começar a criticar as organização e regulamentos existentes”, disse em declarações à Lusa.

José Carlos Gomes reagia à insinuação da sua adversária, que avançou que se este eventualmente ganhar na segunda volta, ficaria com a sua equipa. “No fundo, não teria poder nenhum”, disse Ana Rita Cavaco.

Esta candidata explicou que ganhou “todos os órgãos nacionais e as secções regionais norte, centro e sul” e obteve mais votos para bastonária em todo país, incluindo as ilhas.

O candidato que lidera a lista C considerou que a sua adversária mostra “algum desconhecimento dos estatutos e daquilo que é a função de cada um dos órgãos regionais e nacionais e aquilo que é um órgão uninominal que é o órgão de bastonário”.

A candidata mais votada na eleição para bastonário da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco, lamentou também ter de disputar uma segunda volta, depois de ter falhado a maioria dos votos expressos no sufrágio de terça-feira.

Ana Rita Cavaco, que encabeçou a lista E nas eleições de terça-feira, disse respeitar o facto de ter de disputar uma segunda volta, dado que é isso que os novos estatutos da Ordem dos Enfermeiros e o novo regulamento eleitoral preveem, mas recordou que os seus pares deram um “sinal expressivo” de apoio à sua candidatura.

José Carlos Gomes mostrou-se ainda “triste pela enorme abstenção” existente no ato eleitoral”.