
O doente chegou na segunda-feira às 19h30 às urgências do Hospital São Francisco Xavier e às 22h30 foi encontrado em paragem cardiorrespiratória. Sobe assim para oito o número de óbitos nas urgências dos hospitais públicos desde o início do inverno.
A notícia é avançada pela RTP.
O gabinete de comunicação do Hospital de São Francisco Xavier afirmou estar a analisar internamente a situação, adiando esclarecimentos para mais tarde.
No sábado, uma mulher de 89 anos morreu no Hospital Garcia da Orta após esperar nove horas nas urgências, uma situação que está a ser investigada pela Inspeção Geral das Atividades em Saúde. Este é o segundo caso de óbito nas urgências deste hospital de Almada sob investigação.
O Ministério da Saúde revelou na segunda-feira que as mortes em urgências hospitalares estão a ser avaliadas, para perceber se estão relacionadas com o tempo de atendimento e, se for o caso, serão apuradas responsabilidades.
“Estamos a avaliar em relação a este número de mortos, as circunstâncias em que ocorreram, para perceber se foram mortes indevidas relativamente ao contexto de saúde e ao local onde se encontravam”, afirmou o secretário de Estado adjunto do ministro da Saúde, citado pela agência de notícias Lusa.
Mil mortes acima do esperado
O primeiro surto de gripe de 2015 já causou pelo menos mil mortes acima do previsto pelas autoridades de saúde, em relação ao ano passado. No entanto, de acordo com a subdiretora-geral de Saúde, Graça de Freitas, o número está dentro da normalidade tendo em conta a agressividade da época gripal.
Os principais grupos de risco são pessoas com doenças crónicas, designadamente os mais idosos. Graça Freitas diz que o pior ainda pode estar para vir, já que o pico gripal deverá ocorrer dentro de duas semanas.
As autoridades decidiram prolongar os horários de meia centena de unidades e centros de saúde da região de Lisboa e Vale do Tejo, até ao final de fevereiro. Esta é uma das medidas que esta terça-feira irá ser explicitada numa conferência de imprensa, na Direção-Geral da Saúde (DGS).
Comentários