De acordo com a Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil (APCOI) uma em cada 3 crianças portuguesas tem excesso de peso. Valores que colocam Portugal entre os países da Europa com as maiores taxas de prevalência de obesidade pediátrica.

Para tentar contrariar estes números é essencial incentivar as crianças para a prática de exercício físico de forma regular e, claro, incutir hábitos saudáveis de alimentação e hidratação.

Um estudo desenvolvido em 2014 pelo Laboratório de Exercício e Saúde da Faculdade de Motricidade Humana, Universidade de Lisboa, revelou que “para reduzir o índice de massa gorda nas crianças é necessário incluir a prática de atividade física intensa”.

Este estudo vem chamar a atenção para a importância da intensidade elevada com a finalidade das crianças terem um perfil mais saudável de composição corporal.

A avaliação, realizada com acelerómetros em 175 raparigas e 168 rapazes, entre os 10 e os 12 anos, teve como objetivo determinar as associações entre a dose de dispêndio energético de intensidade moderada versus intensidade elevada e a obesidade total e abdominal infantil.

Os investigadores observaram que estes indicadores de obesidade estavam somente associados com a atividade física de intensidade elevada.

As diretrizes da prática da atividade física defendem que as crianças devem praticar pelo menos 60 minutos de atividade moderada por dia e que as intensidades elevadas devem ser incorporadas pelo menos 3 vezes por semana.

Embora ainda não esteja clarificado o contributo da intensidade da atividade física, este estudo vem chamar a atenção para a importância da intensidade elevada com a finalidade das crianças terem um perfil mais saudável de composição corporal.

Tal como sucede com os adultos, as crianças devem ser acompanhadas por especialistas, médicos e profissionais ligados à prática do exercício, de forma a adaptar o esforço às necessidades e capacidades corporais. Mas a prática de exercício é essencial e deve ser incentivada desde os primeiros anos de vida do bebé.