Há 24 doentes isolados no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), devido a uma bactéria multi-resistente, e cinco colonizados (sem infeção) internados nos cuidados intensivos deste centro hospitalar "por outras causas clínicas".
A notícia é avançada pela edição imprensa desta quarta-feira do "Jornal de Notícias".
Uma fonte do CHUC disse ainda ao referido jornal que há várias vítimas mortais, mas não especifica números.
A bactéria Klebsiella pneumoniae carbapenemase é muito resistente a antibióticos. Os antibióticos são medicamentos usados para prevenir e tratar infeções bacterianas. A resistência aos antibióticos ocorre quando a resposta das bactérias a estes medicamentos sofre alterações. As bactérias tornam-se resistentes aos antibióticos, e estas por sua vez, podem infetar o homem.
De acordo com fonte do gabinete coordenador do Programa de Prevenção e Controlo das Infeções e das Resistências ao Antimicrobianos do CHUC, as vítimas tinham quadros clínicos graves, com várias comorbilidades associadas, e eram de idade avançada.
O CHUC afasta ainda a hipótese de "surto" e diz já ter tomado várias medidas para conter a bactéria.
No ano passado, a mesma bactéria matou três pessoas no hospital de Gaia em novembro e oito em outubro, afetando no total cerca de 140 pessoas.
A resistência aos antibióticos constitui um tema primordial na saúde pública mundial. A dimensão desta ameaça foi recentemente documentada pela Organização Mundial de Saúde em 2014 sobre resistência aos antibióticos.
De acordo com Germano de Sousa, médico especialista em Patologia Clínica e professor universitário, "atualmente não existe consenso sobre o regime terapêutico ótimo a instituir neste tipo de infeção, e as opções antibióticas são limitadas".
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