Nos dias que correm, quando perdemos a memória externa, sentimo-nos lobotomizados, profanados de grande parte da nossa identidade, reféns de uma existência que ficou, mais do que coxa, amputada.
Que lições terei que dar aos únicos dois seres pelos quais sou responsável para que aprendam a nobreza de apenas se orgulharem pelo que eles próprios são?
Quando comento, às vezes, que gosto de picar cebola, as pessoas ficam a olhar para mim com aquele ar de: "Eu sabia que não regulas bem, mas isto já passa das marcas..."