Para remover o excesso de gordura ou flacidez na região do pescoço pode recorrer a um lifting cervical.

Existem, no entanto, muitas outras técnicas concebidas para dar cabo das suas rugas:

Injecções de toxina botulínica

Injecção de uma substância, que paralisa a contracção muscular,
muito eficaz no tratamento das rugas de expressão
do terço superior do rosto.

«Ao não deixar o músculo contrair, o rosto entra em repouso e as rugas de expressão atenuam-se», explica Manuela Cochito.

O efeito do tratamento dura três a seis meses, não requer anestesia e é feito numa sessão única que custa entre 200 e 300 euros.

Fillers

Injecção de substâncias para preenchimento
de rugas. «O ácido hialurónico é actualmente
o filler mais utilizado por não causar alergias
de maior gravidade», explica a dermatologista.

«A desvantagem é que o seu efeito dura apenas dez meses», alerta, contudo.

Associado a outras substâncias, como os acrilatos, permite um efeito mais prolongado, no entanto, «numa percentagem não desprezível de casos, as pessoas desenvolvem reacções alérgicas
graves e desfigurantes», afirma.

Dermabrasão

Remoção mecânica das camadas
superficiais da pele através de um aparelho de alta rotação.

«Este tratamento é especialmente indicado para tratar sequelas de acne e rugas do lábio superior, conseguindo melhores resultados e uma recuperação mais rápida do que com outras
técnicas, como o laser e os peelings químicos,», comenta Joaquim Seixas Martins.

Resurfacing

Existem dois tipos de resurfacing, o ablativio e o não ablativo. O primeiro consiste na extracção de camadas sucessivas da pele através de laser. «Quando a pele volta a formar-se, as rugas
e as manchas cutâneas desaparecem parcial ou totalmente», afirma Manuela Cochito.

A desvantagem
é que «o processo de homogeneização da pele tratada com a não-tratada demora pelo menos seis meses», sublinha. Para resolver este problema, surgiu
um laser fraccionado (fraxel) que, em vez de retirar a pele
como um todo, faz uma espécie de picotado para uma recuperação mais rápida.

«Este tratamento está, no entanto, numa fase
inicial», salienta a especialista.

O resurfacing não ablativo (ou subresurfacing) faz um rejuvenescimento facial através de laser que, sem danificar a superfície da pele, estimula a formação
de novas fibras de colagénio.

«Ao contrário
do resurfacing que é feito num tratamento único,
o subresurfacing é realizado em várias sessões», explica.


Veja na página seguinte: Os benefícios dos peelings

Peeling químico

Aplicação de uma substância química no rosto que remove as camadas da pele. Pode ser superficial, médio ou profundo consoante
a substância química utilizada e o objectivo
pretendido.

«O peeling superficial é realizado com ácido glicólico
e/ou ácido salicílico e está especialmente indicado para o tratamento das cicatrizes superficiais
da acne.

Para cicatrizes mais marcadas recorre-se a um peeling médio à base de ácido tricloroacéptico», explica Manuela Cochito.

«O peeling profundo pode ser utilizado
para grandes rejuvenescimentos, no entanto,
tem um elevado risco de provocar cicatrizes. Com o resurfacing consegue-se controlar melhor a queimadura que se produz na pele», refere ainda.

Facelift

Procedimento cirúrgico que permite tratar a flacidez do rosto e pescoço, esticando a pele e os tecidos subjacentes, e removendo o excesso
de gordura, se necessário.

«As incisões são feitas em locais o mais dissimulados possíveis porque
fica sempre um cicatriz», explica o cirurgião plástico.

Pode ser feito isoladamente ou em conjunto
com outros «como o lift frontal (indicado
para pessoas com rugas de expressão na testa), a cirurgia das pálpebras (ou blefaroplastia) remove os papos e a pele enrugada e caída da pálpebra superior ou inferior), ou a rinoplastia (remodelação
cirúrgica do nariz para lhe dar uma forma mais harmoniosa)», diz.

Este procedimento poderá custar-lhe entre 2000 a 3750 euros.


Texto: Vanda Oliveira com Manuela Cochito (dermatologista) e Joaquim Seixas Martins (cirurgião plástico)
Foto: Artur (com produção de Mónica Maia)