Se os adolescentes já não largavam os telemóveis tradicionais, a democratização dos smartphones veio transformá-los num verdadeiro vício, para desespero de muitos pais e educadores. Em vários países, vários especialistas têm apelado a alguma moderação e racionalização do seu uso.

 

Muitos dos apelos não têm, contudo, surtido grande efeito. Uma situação que já levou as autoridades responsáveis pela educação da cidade de Kasuga, no Japão, a sugerir aos pais que proíbam o uso destes dispositivos eletrónicos entre as 22 h e as 06 h. A medida também é defendida pela direção da escola secundária da localidade, que conta com o apoio das escolas primárias locais.

 

A recomendação proposta no início do verão de 2014 é essencialmente pedagógica, uma vez que não estão previstas sanções para os jovens incumpridores. Vários estudos internacionais têm confirmado que mais de metade dos alunos entre os 13 e os 15 anos dispõe de telemóveis de última geração, o que representa um crescimento médio pouco abaixo dos 50% entre 2010 e o primeiro semestre de 2014.

 

No entanto, não é apenas a crescente utilização e dependência dos smartphones que preocupa as autoridades japonesas. À semelhança de muitos especialistas internacionais, o número de horas excessivo que as crianças passam em frente ao computador e ligadas à internet também tem vindo a atingir proporções preocupantes.