A Polícia Judiciária (PJ) de Portimão suspeita que foi a compra de um telemóvel, com dinheiro roubado ao padrasto, que terá estado na origem do desentendimento que resultou no homicídio do jovem de 15 anos, desaparecido desde 22 de fevereiro.

O corpo de Rodrigo Lapa foi encontrado já sem vida, na quarta-feira, com cabos elétricos ao pescoço e de mãos atadas, debaixo de uma árvore e coberto com ramos, num descampado a cerca de 100 metros da casa onde residia, em Portimão, no Algarve.

Segundo escreve o jornal Público, Rodrigo queria um telemóvel que custava algumas centenas de euros, mas nem a mãe nem o pai, ambos desempregados, teriam condições de lho comprar.

O adolescente terá por isso decidido tirar dinheiro ao companheiro da mãe, Joaquim Lara Pinto, um brasileiro que estava igualmente desempregado e que há meses realizava trabalhos ocasionais.

Rodrigo Lapa chegou a comprar o telemóvel. Joaquim Lara Pinto é neste momento o principal suspeito da morte do jovem e 15 anos. O homem está no Brasil, para onde viajou no dia em que o desaparecimento de Rodrigo foi comunicado às autoridades.

Segundo o Correio de Manhã, Célia Barreto, a mãe do menor, não se inibiu de mentir à polícia e mandou mensagens de telemóvel aos amigos do filho para que estes também mentissem. Pediu-lhes para não revelarem às autoridades que o padrasto e Rodrigo tinham uma má relação, escreve o jornal.

A autópsia, realizada no gabinete médico-legal do Barlavento Algarvio, confirmou que Rodrigo morreu por estrangulamento. As marcas e vestígios apontam para que o estrangulamento tenha sido realizado apenas com a força de um braço, colocado à volta do pescoço.

Ainda não é claro onde ocorreu o assassinato, já que a polícia não encontrou vestígios de crime em casa de Rodrigo, lê-se no jornal Público.