De 2001 para 2007, o número de bebés nascidos antes do tempo aumentou 45%, passando de 6069 para 8801, ou seja, mais 2732, noticia hoje o “Diário de Notícias”.
Os dados são do INE, que demonstram uma tendência que é um sinal dos tempos. Engravidar tardiamente e o o recurso a técnicas de tratamento da infertilidade são duas razões apontadas como impulsionadoras deste aumento.
Segundo o DN, esta tendência de subida contraria os objectivos estipulados no Plano Nacional de Saúde. A meta para 2010 era de 4,9%, mas, em 2007, a taxa de nascimentos prematuros foi de 9,1%.
A alta-comissária da Saúde, Maria do Céu Machado, disse ao DN que «as metas vão ser revistas. O objectivo de baixar não é real».
O número de nascimentos prematuros (antes das 37 semanas) está a subir há anos. Só entre 2005 e 2007 o incremento foi de 37%, ou seja, se há três anos nasceram 6814 prematuros, no ano passado registaram-se 8801 casos.
Maria do Céu Machado explicou as razões para este fenómeno, destacando o papel da procriação medicamente assistida (PMA), grupo de técnicas de tratamento da infertilidade.
«Nascem mais gémeos na sequência da PMA, o que aumenta o risco de partos prematuros», explicou ao jornal. A idade em que as mulheres têm filhos também é mais avançada, «aumentando o risco de gravidez e de a mulher ter outras patologias».
Há mais abortos espontâneos, mas também provocados, quando há risco para a mãe ou para o bebé. Jorge Branco, presidente da Comissão Nacional de Saúde Materna e Neonatal, disse ao jornal que «as mulheres têm mais stress e as condições de trabalho difíceis aumentam o seu sofrimento físico. O útero torna-se mais reactivo, desencadeando reacções que põem em risco a gravidez».
05 de Dezembro de 2008
Veja ainda: Registo de crianças em todas as maternidades do SNS
Música de relaxamento para bebés e mamãs
Amamentação pode aumentar força do pulmão dos bebés
Primeiro banco de leite materno abre em Janeiro
Casais inférteis reclamam apoios do Estado