Do ponto de vista médico, o período de gravidez é dividido em 3 trimestres e é no 1º trimestre que se pode detetar e reduzir muitos problemas de saúde que se identificam tanto na mãe como no feto. É nesta etapa da gravidez que se realiza o rastreio pré-natal, conjunto de análises e dados ecográficos que permitem determinar o risco do feto ser afetado com uma determinada anomalia.

 

O rastreio pré-natal – rastreio combinado do 1º trimestre – é um teste precoce que combina a informação do exame ecográfico e o exame bioquímico e avalia o grau de risco para a existência no feto da Trissomia 21 (Síndrome de Down), Trissomia 18 (Síndrome de Edwards) e Trissomia 13 (Síndrome de Patau). Este rastreio divide a população que a ele se submete em dois grupos: risco elevado (rastreio positivo) e o baixo risco (rastreio negativo). O conhecimento do tipo de risco para o feto irá ajudar a futura mãe a decidir se efetuará outros testes de diagnóstico complementares e mais específicos para a obtenção de uma resposta “definitiva” sobre a existência ou não dessa anomalia.

A realização do Rastreio Pré-Natal é assim de extrema importância, permitindo às futuras mães sentir que estão numa gravidez segura e caso surja algum problema podem precocemente aconselhar-se com o seu médico. Segundo a Fetal Medicine Foundation, entidade que promove a investigação na área da medicina fetal, o rastreio combinado do 1º trimestre tem uma taxa de deteção de 97% (em conjunto com a ecografia), com 3% de falsos positivos, ou seja, diagnóstico positivo e ausência de anomalia.

Dra. Maria José Rego de Sousa

 

Dra. Maria José de Sousa