Quando tiver a primeira falta menstrual, faça um teste à urina/sangue, que pode comprar/realizar na farmácia que mede a presença da hormona gonadotrofina coriónica.

Se o resultado for positivo, marque uma consulta no ginecologista, que lhe irá prescrever uma ecografia para confirmar a presença do embrião, a data prevista do parto e possíveis anomalias detetáveis através da medida da translucência nucal (TN).

Quando esta é excessiva, embora possa ser transitória, pode ser um sinal de alerta para patologias, anomalias cromossómicas e malformações do coração.

Segundo e terceiro mês

O estudo ecográfico deve ser realizado entre as 11 semanas e seis dias e as 13 semanas e seis dias e pode ser complementado com análises, rastreio bioquímico, embora a sua justificação não seja consensual. As análises clínicas são repetidas e inicia-se o controlo da tensão arterial e do peso.

Quarto mês

Deve repetir as análises ao sangue e à urina. Se tiver mais de 35 anos, pondera-se a realização da amniocentese que deteta se o feto é ou não portador de anomalia cromossómica. Dado existir um risco associado, a decisão de fazer o exame pode basear-se na ecografia da TN e no rastreio integrado.

Quinto mês

Controle a pressão arterial e o peso.

Sexto mês

As análises ao sangue e à urina são repetidas e incluem o teste de glicemia para detetar intolerância à glicose ou eventual diabetes gestacional. Entre as 18 e as 22 semanas realiza-se a segunda ecografia, a morfológica, que permite observar o coração, o cérebro, a coluna, as extremidades, a face e a existência de possíveis malformações.

Sétimo mês

Controle a pressão arterial e o peso.

Oitavo mês

Realiza-se a terceira e última ecografia, cerca de 33 semanas antes do nascimento, que avalia o crescimento fetal, quantidade de líquido amniótico e as características da placenta. Durante este mês, repetem-se as análises clínicas.

Nono mês

As consultas repetem-se semanalmente, bem como o controlo da pressão arterial. Realiza-se uma colheita de exsudado vaginal e peri-anal para saber se a mãe tem bactérias que podem infetar o bebé na altura do parto. Efetua-se também o CTG (Cardiotocografia), aparelho que regista as contrações e os batimentos cardíacos fetais.

Sinais de perigo

Contacte imediatamente o seu médico se durante a gravidez for confrontada com alguma das seguintes situações:

- Hemorragia vaginal
- Perda de líquido pela vagina
- Corrimento vaginal com prurido, ardor ou cheiro não habitual
- Dores abdominais
- Arrepios ou febre
- Dor ou ardor ao urinar
- Vómitos persistentes
- Dores de cabeça fortes ou contínuas
- Perturbações da visão
- Diminuição dos movimentos fetais

Texto: Rita Caetano com Fernando Cirurgião (ginecologista)