Representam um verdadeiro pavor para muitas crianças.

As vacinas não são mais do que uma substância derivada ou quimicamente semelhante de um agente infecioso que provoca determinada doença, fazendo com que o sistema imunitário produza anticorpos que nos protegem da patologia em questão.

A maioria são dadas durante a infância mas também os adultos devem ser vacinados de acordo com o Plano Nacional de Vacinação, que integra as vacinas consideradas mais importantes para defender a saúde da população em Portugal. Para conhecer a lista completa das vacionas opcionais, clique aqui.

BCG

Previne a tuberculose, uma doença infectocontagiosa originada pelo bacilo de Koch e que é transmitida através de gotículas de saliva que contenham esse mesmo agente infecioso. É administrada à nascença em unidose.

VHB

Protege da Hepatte B, uma doença que afeta o fígado e que, na sua forma mais grave, pode dar origem à cirrose e a cancros do fígado. A sua forma de transmissão é sexual, sanguínea ou da mãe para o feto.

Esta vacina é administrada em três doses: à nascença, aos dois meses e aos seis meses. Para os jovens nascidos antes de 1999 não vacinados anteriormente, deve ser dada entre os dez e os 13 anos.

VIP

Previne a poliomielite, uma doença provocada pelo poliovírus que afeta o sistema nervoso e pode dar origem à paralisia permanente. O vírus transmite-se por ingestão de água ou alimentos contaminados.

Esta vacina é dada em quatro doses aos dois, quatro e seis meses, sendo a última dose tomada por volta dos cinco ou seis anos.

DTPa

Protege da difteria, do tétano e da tosse convulsa.  A primeira é uma doença infeciosa e contagiosa devido à presença do bacilo Klebs-Lofller que afeta a garganta e pode originar dificuldades respiratórias.

O tétano é originado pela bactéria clostridium tetani, que vive na terra e nas fezes dos animais, quando atinge uma ferida profunda ou ligeira ou apenas um arranhão.

 

Provoca rigidez muscular e em últimas consequências pode originar o risco de asfixia. Por fim, a tosse convulsa, provocada pela bactéria bordetella pertussis, que se espalha pelo ar, origina convulsões durante os acessos de tosse e vómitos e, nos casos mais graves pode originar complicações respiratórias e pneumonia. Aos dois, quatro e seis meses são administradas as primeiras três doses, segue-se uma outra dose aos 18 meses e a última entre os cinco e os seis anos.

HIB

Tem uma ação protetora contra a hoemophilus influenzae tipo B, bactéria que se dissemina pela via aérea e é responsável por alguns tipos de meningite bacteriana, bem como outras doenças pulmonares. A meningite sucede a infeções das cavidades internas do ouvido ou dos seios da face, infeções respiratórias graves e pode ter uma evolução grave. É administrada aos dois, quatro, seis e 18 meses.

MenC

Protege contra outro tipo de bactéria, o meningococo, que pode provocar meninginte e dissemina-se pela via aérea como a anterior. É dada aos três, cinco e 15 meses.

HPV

Foi uma das últimas vacinas a ser integrada no Plano Nacional de Vacinação e defende as jovens de alguns tipos de vírus que estão associados a 75 por cento dos casos de cancro do colo do útero, lesões genitais pré-cancerosas e verrugas genitais externas por contágio sexual.

É dada a raparigas entre os dez e os 13 anos e são necessárias três doses. Deve ser administrada antes do início da vida sexual. As mulheres mais velhas, desde que nunca expostas ao vírus, também a podem tomar, mas neste caso não é gratuita.

Td

Protege contra o tétano e difteria e diferencia-se da DPTa por ter um conteúdo reduzido de difteria e não conter a imunidade contra a tosse convulsa. 

 

Deve ser administrada a partir dos dez a 13 anos e daí para a frente de dez em dez anos para manter a imunização.

VASPR

Previne o aparecimento de sarampo, papeira (parotidite) e rubéola, três doenças comuns nas crianças.

O sarampo é provocado pelo vírus paramyxovírus, que se transmite de forma direta através das vias respiratórias e pode gerar infeções respiratórias, pneumonia e problemas nos ouvidos.

A papeira é uma patologia infeciosa viral aguda e transmite-se por via aérea. As complicações podem originar doenças como meningite, encefalite, crise do nervo auditivo, pancreatite e inflamação nos testículos.

A rubéola é uma doença eruptiva contagiosa provocada por um vírus de A.R.N., que penetra no organismo pelas vias respiratórias. Esta doença é mais complexa na idade adulta, sobretudo na gravidez já que pode provocar a morte ou malformações graves no feto. Esta vacina é administrada aos 15 meses e aos cinco ou seis anos.

Texto: Rita Caetano