Todos os anos inúmeras crianças são vítimas de acidentes domésticos e 4.7 mil chegam mesmo a falecer devido a estes. Com estes números tão elevados, conseguimos perceber o porquê de estes serem a principal causa de morte entre crianças de 1 a 14 anos, sendo que a maior parte deles acontece em ambiente doméstico. No que diz respeito aos bebés, entre 1 e 2 anos, os acidentes mais frequentes são as aspirações de objetos estranhos, como os alimentos e os brinquedos. Na faixa etária seguinte, dos 2 aos 4, os acidentes mais comuns são os afogamentos e os atropelamentos, sendo que estes últimos costumam ser os mais fatais. Mas a boa notícia, é que a maior parte destes acidentes podem ser evitados com medidas bastante simples e por isso, se quer saber o que deve fazer nestes casos, vamos revelar-lhe agora.
Sufocamento e asfixia - São as principais causas de morte, no que diz respeito a crianças até aos 2 anos de idade. Este tipo de acidentes acontece quando os bebés ingerem pedaços muito grandes de alimentos, assim como, peças de brinquedos ou moedas. Para conseguir combater este problema, torna-se importante manter o seu filho longe de todas estas coisas.
O que fazer: Se a criança começar a tossir, devido à ingestão de um alimento ou de outro objeto, deve ficar por perto e esperar até que ela consiga deitar para fora o que tinha ingerido. No caso de isto não acontecer e começar a reparar que a criança está a ficar pálida, é necessário que chame o INEM o mais depressa possível e que tente perceber se eles sabem fazer as devidas manobras de desengasgo e desobstrução das vias aéreas.
O que não deve ser feito: Colocar as suas próprias mãos dentro da boca da criança, pois pode vir a piorar mais a situação, acabando por empurrar o objeto mais para dentro da garganta.
Queda - É dos casos que não vai conseguir evitar por muito que tente, pois é bastante frequente que aconteça. Mas para evitar situações mais graves, deve apenas certificar-se de que todas janelas estão fechadas ou que tenham algo a protegê-las, assim como, bloquear o acesso às escadas e colocar antiderrapantes nos tapetes.
O que fazer: Primeiro é necessário que segure a criança e espere até que ela pare de chorar, para observar se os sintomas são diferentes ou não. Esta diferença pode ser notada na perda de consciência, na palidez, nos vómitos, choro, dor no pescoço ou nas costas, assim como, nas alterações comportamentais. Se a criança estiver inconsciente não é recomendado removê-la do local, mas sim deve chamar logo de imediato uma ambulância.
O que não deve ser feito: Demorar demasiado tempo para a levar ao hospital ou então, para chamar uma ambulância.
Afogamento - Tenha em conta que estes acidentes não acontecem só no mar ou nas piscinas, mas também podem ocorrer, com baldes, sanitas e banheiras. Para conseguir prevenir que isto aconteça, deve estar sempre de olho enquanto elas estiverem perto de algum desses locais.
O que fazer: Deve retirar a criança do local e deixa-la estar deitada, assim como, chamar de imediato uma ambulância.
O que não deve ser feito: Não deve fazer manobras de respiração boca a boca, só se tiver uma especialização, e nem comprimir o tórax.
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Queimaduras - Podem ser feitas de diferentes maneiras, quer sejam com o fogo, com líquidos ou comidas quentes e também pela eletricidade. Nos dois primeiros casos, a melhor maneira de permitir que isto não aconteça, é manter as crianças longe da cozinha e também, evitar o uso de produtos inflamáveis. No que diz respeito à eletricidade, deve bloquear as tomadas e não permitir que as crianças usem objetos como por exemplo, secadores.
O que fazer: Se a criança se queimar com fogo, deve dizer-lhe para rolar no chão e assim que este se extinguir deve lavá-la com água e levá-la para o hospital. Se for uma queimadura por escaldamento, deve imediatamente lavar a área afetada com bastante água e depois recorrer ao hospital ou a uma farmácia, dependendo do grau da queimadura. No caso desta ocorrer devido a um choque elétrico, o ideal é não se encostar a ela, desligar o interruptor da chave e depois então, tentar afastá-la da corrente elétrica. De seguida chame uma ambulância e certifique-se que a criança está a respirar.
O que não deve ser feito: Demorar a pedir ajuda ou a utilizar técnicas caseiras, como por exemplo a pasta de dentes, o café ou a manteiga, para tratar a queimadura. Lembre-se que deve sempre levar a criança a um profissional para tratar da queimadura, de uma forma acertada e higienizada.
Intoxicação - Estas costumam acontecer antes dos horários das refeições, assim como, quando existe uma alteração da rotina familiar, seja nas férias ou em mudanças. Entre os principais vilões encontram-se, os remédios, os produtos de limpeza e de higiene pessoal e também algumas plantas. Para prevenir o seu filho, deve guardar todos estes objetos fora da vista e do alcance dele.
O que fazer: Deve ligar de imediato para o Centro de Controle de Intoxicação mais próximo e descrever o que foi ingerido, a quantidade e as horas em que isso aconteceu. Enquanto espera que alguém chegue, evite que a criança esteja aos saltos ou muito agitado, mas mantenha a de pé. Isto vai fazer com que o líquido desça mais rápido.
O que não deve ser feito: Não lhe dê nada para beber, de modo a que a substância tóxica seja absorvida pelo organismo da forma mais rápida, e também não a force a vomitar, porque nestes casos nunca se deve estimular uma criança a fazer isso. Por isso tenha atenção e não a deixe sozinha.
Cortes - Estes pode acontecer devido a objetos cortantes, bem como, a uma simples queda. Nestes casos lembre-se e mantenha as facas, canivetes e tesouras longe dos mais pequenos.
O que fazer: Se forem cortes de pequenas dimensões, devem ser lavados com água e sabão para se removerem as bactérias que podem entrar na ferida. Se forem maiores e existir perda de sangue, deve pressionar a ferida e procurar um médico.
O que não deve ser feito: Não coloque nenhuma pomada na ferida ou outros produtos, como é o caso do álcool, pois só os médicos é que devem indicar o que é preciso.
Mordidas de animais - Além de serem uma ótima companhia para os mais pequenos é necessário ter cuidado, pois as mordidas destes animais, ainda que sejam inofensivas, podem trazer algumas infeções para as crianças. Por isso deve certificar-se que o seu animal encontra-se vacinado e quando este estiver a brincar com o bebé, deve estar sempre de olho. O mais aconselhado é evitar o contacto entre este e a criança, até que esta tenha pelo menos 3 meses.
O que fazer: Lave o local da mordidela com água e sabão e procure um médico.
O que não deve fazer: Utilizar produtos que ache que vão fazer bem, pois pode acontecer exatamente o contrário.
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