A ideia de criar um blogue de viagens surgiu enquanto ainda tirava a licenciatura em Ciências da Comunicação. João Cajuda queria partilhar dicas de viagens e vídeos. No entanto, o que começou por ser um passatempo tornou-se numa profissão, por sinal, muito invejada.

O gosto em aventurar-se pelo mundo já vem desde cedo. João não se lembra da primeira viagem que fez, apenas da estreia a bordo de um avião. “Era muito pequeno e segundo os meus pais chorei que me fartei”, confessa.

Entre todos os destinos que já visitou, Marrocos é o que mais o fascina, “por ser um país tão diverso”, bem como “pela cultura árabe, arquitetura e paisagens desérticas”. E apesar de cada viagem ser repleta de coisas boas, os sustos também fazem parte destas aventuras. “Fugir de uma cidade a meio da noite por causa de cheias” foi uma dessas ocasiões. Perder totalmente a visibilidade durante uma viagem de carro pelo deserto, foi outra.

O Fama ao Minuto questionou o bloguer em relação aos pontos positivos e negativos da sua profissão. A resposta revelou-se curiosa. “A vantagem é poder viajar para os lugares mais incríveis do mundo na maioria das vezes sem pagar. O lado negativo é ser um trabalho solitário. Trabalho mais de dez horas por dia no computador, todos os dias. Há sempre algo a fazer, se não for eu ninguém o faz, nesse sentido sou muito disciplinado. As férias deixam de ser férias, sempre que viajo é em trabalho, tenho de fotografar, filmar, escrever… é raro o momento em que me deito a dormir a sesta por baixo do coqueiro que aparece na foto”, confessa.

Vive com o dinheiro que a publicidade e os patrocínios lhe rendem. Para além disso faz tours em parcerias com agências de viagens aos seus lugares preferidos. Recentemente, abriu uma agência de viagens com o mesmo conceito. Para o futuro pretende ter um pequeno hotel, numa praia qualquer algures no Myanmar.

Para João Cajuda, o futuro planeia-se a curto prazo. “[Quero] Continuar a ter experiências incríveis e momentos felizes. Não tenho grandes sonhos, construo sonhos à medida de vou vivendo”, termina.