O humor faz parte do seu ADN. Luísa Barbosa prepara-se para sair do programa de rádio «Manhãs da Comercial» para abraçar um novo desafio profissional, integrando a «equipa de desenvolvimento de conteúdos, reportagens, emissões especiais e redes sociais, uma aposta que a Rádio Comercial pretende reforçar», revelou a Media Capital Radios em comunicado na terceira semana de julho de 2017.

Em entrevista à Prevenir, a modelo, apresentadora e radialista fala dos diferentes desafios da carreira, revela os cuidados de saúde que tem e ainda explica a importância do humor e da boa disposição no seu dia a dia. «Gosto, particularmente, de uma piada bem feita, que nos faz descobrir uma nova perspetiva do assunto», assume.

Já trabalhou como modelo, apresentou programas, fez comédia… Como se prepara para desafios tão diferentes?

No fundo, é sempre comunicação. E, depois, é tudo uma questão de adaptação, dependendo de estar a apresentar um evento, um programa de rádio ou de televisão. O humor já é uma forma de comunicar com um registo diferente. Mas temos sempre de ter em atenção para quem estamos a falar. Essa é a minha principal preocupação quando me preparo para qualquer trabalho.

Não fica nervosa?

Claro que sim. É bom sentir nervos. Significa que nos preocupamos e que nos estamos a esforçar. Devemos utilizá-los para nos prepararmos bem, para não facilitar as coisas, e transformá-los numa energia e num foco para ter a melhor performance possível.

Como é ser a única voz feminina do programa de rádio «Manhãs da Comercial»?

O meu grupo de amigos sempre teve mais homens do que raparigas. Portanto, não foi estranho. Mais do que estar rodeada de homens, o que foi intimidante no início foi estar a trabalhar com pessoas que admiro imenso. Pensava «Ai meu Deus, se eu faço alguma coisa mal»...

Em que medida é que começar o dia com um trabalho no qual a boa disposição impera influencia o resto do seu dia?

Primeiro, torna muito mais fácil a decisão de sair da cama, porque sei que vou para um sítio divertir-me. Depois, o resto do meu dia corria melhor, porque o começava em alta e a divertir-me. Se acontecesse alguma coisa menos boa, já estava mais preparada, porque estava com boa energia.

O humor é terapêutico...

O humor tem muito a ver com a minha maneira de ser, com a minha forma de estar. Mesmo assuntos sérios e difíceis, para mim, pedem uma piada. Acho que o humor tem a capacidade de nos fazer sentir melhor, de quebrar um momento de tensão e permite uma melhor comunicação.

Tem a capacidade de tratar assuntos difíceis e fazer as pessoas pensar. Gosto, particularmente, de uma piada bem feita, que nos faz descobrir uma nova perspetiva do assunto.

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E, quando se sente triste, o que faz?

Fecho-me em casa, vejo muita televisão, que é uma coisa que me acalma, porque desliga o cérebro, e deixo-me estar. E, no dia seguinte, estou pronta para outra. Acho que devemos ter sempre ambição, sonhar e ter esperança. Não nos devemos deixar levar pelo lado negro das coisas.

Referiu que gostava de ir ao ginásio. Qual o papel que o exercício físico assume na sua vida?

Houve poucas alturas da minha vida em que não tenha feito exercício físico regularmente. Gosto de ir ao ginásio e, mais do que gostar, preciso. Lembro-me que, na minha primeira semana na rádio, pensei «Vou fazer o programa e, depois, como estou cansada, vou para casa e nem vou ao ginásio».

A verdade é que só voltei a dormir como deve ser no dia em que voltei ao ginásio. Pratico entre três e quatro vezes por semana. Faço treino funcional, treino localizado e máquinas. E treino com um personal trainer que me ajuda a estar focada.

Tem cuidados com aquilo que come?

Tento manter um equilíbrio. Se exagero num dia, vou ter mais cuidado nos seguintes. Além disso, tenho atenção à qualidade dos alimentos. Quando comecei a trabalhar como modelo, faziam-se dietas loucas.

Mas eu sempre achei mais interessante saber aquilo que estava a consumir e ter um estilo de vida saudável do que fazer essas dietas. Tento também não exagerar nos açúcares, até porque sei que, se começar a comer doces muito cedo, vou ter um pico de energia e depois fico de rastos.

E, com a saúde, que cuidados tem?

Além da alimentação e da hidratação da pele, respeito muito o meu corpo. Se há um dia em que até tinha planos, mas vejo que estou demasiado cansada, cancelo e fico no sofá, exceto se for trabalho. Até porque eu preciso mesmo de dormir…

O programa «Manhãs da Comercial» começa às 07h00. E o seu dia a que horas começa?

Vou dizer a verdade. O despertador toca às 05h50, mas eu não conseguia sair da cama antes das 06h00. [risos] Depois, tomo o pequeno-almoço, visto-me e vou para a rádio. Acordar tão cedo tem um lado bom. Não há trânsito!

Quando já não tenho trabalho, gosto de ir ao ginásio. Tento sempre que os meus dias fora de casa terminem o mais cedo possível, para entrar naquela rotina de estar em casa, preparar qualquer coisa para comer, ir baixando as luzes para o cérebro começar a desligar e dormir. Tento deitar-me, no máximo, às 22h00.

Texto: Catarina Caldeira Baguinho com Carlos Ramos (fotografia)