Os cruzeiros são formas de fazer turismo e viajar com poucos riscos, sobretudo se organizados por empresas conceituadas e de confiança.

Os problemas de saúde do viajante estão, na grande maioria dos casos, relacionados com doenças preexistentes e o risco de situações de doença aguda. Os viajantes com asma deverão levar os medicamentos que utilizam diariamente para a asma, assim como os que lhe tenham sido prescritos para qualquer crise aguda da doença.

Se surgir qualquer problema, devem recorrer aos serviços clínicos a bordo, que estão preparados para lidar com problemas de saúde crónicos ou que possam surgir durante a viagem e são tanto melhores quanto mais categorizada for a companhia.

Problemas típicos

Segundo Jorge Atouguia, infecciologista, o problema mais comum e que maior desconforto pode produzir num navio é o enjoo. É mais frequente nas pessoas que nunca viajaram por mar e pode ser muito debilitante. Surge no início da viagem e pode desaparecer espontaneamente ao fim de dois ou três dias. Em caso de sintomas recomendo que recorra ao médico do navio, que deverá indicar algumas atitudes (posturais, dieta) e medicar, se necessário.

Outros problemas, como os alimentares, estão relacionados com fatores exteriores ao viajante, sobretudo nos locais das escalas, onde os riscos podem estar escondidos, sendo que, por exemplo, e a maioria dos países das Caraíbas envolvem estes riscos. «Recomendo cuidado máximo, evitando água não engarrafada, gelo, alimentos crus, mal cozinhados e confecionados de forma que não permita determinar o seu grau de frescura (sobretudo carne, peixe ou marisco). Evite molhos e temperos fortes e pratos típicos locais», refere o especialista.

Casos excecionais

No navio, o risco alimentar é negligenciável, uma vez que são geralmente servidos pratos da cozinha internacional, confecionados com produtos adquiridos antes de embarque, não sendo necessária nenhuma precaução especial.

«Esporadicamente temos informação de surtos de gastroenterite (sobretudo por vírus) em passageiros de navios de cruzeiro, habitualmente nas regiões tropicais, mas são acidentes muito pouco frequentes», salienta o infecciologista.

Um alerta para o risco de traumatismos e quedas, aumentado com mau tempo e maior balanço do navio. Habitualmente o comandante escolhe rotas com o mínimo de desconforto para o passageiro, mas é aconselhável habituação ao balanço e cuidado se existir muita  ondulação. Considere que vai para um hotel (flutuante) onde terá conforto, alimentação cuidada e apoio de saúde. Siga as indicações do pessoal de apoio e cumpra as regras básicas de segurança pessoal e alimentar.