Se por um lado as mulheres são independentes o suficiente para pagarem as suas contas, ter cargos de liderança e serem realizadas a nível pessoal e profissional, por outro lado há estigmas que parecem nunca mais ter um fim. Há mulheres que não se conseguem expressar ou evitam determinados assuntos – até com outras mulheres – por saberem de antemão que vão ser julgadas ou até por não terem coragem de o fazer; as mulheres que gostam de sexo, por exemplo, chegam a ser conotadas como devassas e os exemplos das privações e proibições sociais continuam... Já é tempo de contrariar ideias, atitudes e passar a falar das coisas de forma mais aberta e sem com plexos.
Virgindade
Até ao fim do séc XX a virgindade era cultivada e quase obrigatória, uma vez que era suposto perder a mesma no casamento. A castidade era considerada uma qualidade, mas o que é certo é que se estava a privar as mulheres de algo como conhecer o seu próprio corpo. Não é à toa que os maridos iam a bordéis. Hoje em dia as coisas estão diferentes... já há mais interesse em experimentar e dar início à vida sexual antes de haver um compromisso sério. No entanto, em determinadas zonas dos país ainda há mulheres que perdem a oportunidade de aprender mais sobre si e sobre o seu corpo, devido à educação privativa existente. Inclusive, ainda existem comentários de homens depreciativos em relação ao assunto. Não se está a dizer que as mulheres tem de perder a virgindade na primeira oportunidade que têm, mas sim que sejam capazes de escolher e ter a opção de fazer o que querem e o que acham melhor para si e para o seu corpo, sem terem de sofrer olhares reprovadores ou comentários desnecessários.
Roupa justa ou curta
Na cabeça de muita gente ainda paira o seguinte “Andam assim na rua e depois admiram-se” quando o que deveriam pensar era “O obsceno está nos olhos de quem o vê”. As mulheres estão constantemente na berlinda porque, a bem da verdade, se estiver coberta com um lençol vai sempre haver alguém a fazer um comentário.
Tomar iniciativa
Quer seja no flirt ou até noutra situação, ainda há muitas mulheres que se sentem condicionadas em dar o primeiro passo, mesmo que hoje em dia tenham mais poder de decisão. Ora, isto só irá dificultar uma possível aproximação. Se quer vá em frente e não ligue aos demais!
O dia seguinte
Tal como no acima, já vai estando na hora de assumir um papel mais decisivo, até porque não sabe se do outro lado também não está alguém mais tímido ou inseguro e que espera que seja você a dar o primeiro passo no dia a seguir a um encontro. Caso não dê em nada é da maneira que risca logo essa pessoa da sua vida. Não seja daquelas que fica em casa à espera e ansiosa. Tome uma atitude porque se é o que lhe apetece fazer... faça!
O corpo perfeito
Devido a inseguranças e outros, as mulheres têm o dom de encontrar defeitos e fixar os olhos nos mesmos. Celulite, o tamanho dos seios ou do rabo, uma cicatriz, uma borbulha, enfim... muitas são capazes de fazer um drama. O problema é quando estes pequenos dramas começam a ser um pouco mais neuróticos e inibem determinados comportamentos: ir à praia, vergonha de se despir à frente do parceiro, ter sexo às claras, etc... Toda a gente procura (e deve) aperfeiçoar as suas características, mas é primordial que se aceitem como são e consigam olhar e perceber a sua própria beleza.
Orgasmo
Ainda que hoje em dia já não exista tanta repressão sexual há muitas mulheres que ainda sentem tabus relativamente à masturbação, por exemplo. Por outro lado, e uma vez que demoram a atingir o orgasmo mais devagar que os homens, sentem a obrigação de fingirem para o satisfazer. O conhecimento do próprio corpo, de saber do que se gosta e dar essas indicações ao parceiro é meio caminho andado para uma relação sexual bem satisfatória.
Sexo anal
Muitas mulheres ainda o veem como sujo, porco ou, a melhor, como “coisas de prostitutas”. Inclusive este conceito de slutshaming é algo existente na cabeça de muitos homens e mulheres e até pode ser considerado uma forma de bullying. Aliás, se se pensar bem, tudo assenta neste conceito: o não fazer determinadas coisas, o usar uma mini saia, dizer com quantos parceiros se esteve, etc... Pois bem, quem diz que não gosta de sexo anal é porque nunca experimentou ou se já experimentou e não gostou foi porque não soube procurar e ver como o deve fazer para sentir muito prazer.
Sexo casual
Fazer sexo no primeiro encontro ainda é tabu ou se o fazem, no dia seguinte são invadidas por remorsos e peso na consciência. Mas já reparou que os homens que o fazem não o sentem? Então qual é a diferença? Provavelmente faz slutshaming consigo mesma, em vez de pensar que se na altura tinha vontade e não foi obrigada, qual é o problema?
Apoiar o feminismo
Não é o contrário de machismo, não são mulheres que não gostam de homens, não são mulheres de bigode ou com pelos nas axilas, nem outros estereótipos que tenha na cabeça. O feminismo é a luta pela igualdade, equidade e direitos iguais entre homens e mulheres. Apoiar o feminismo é nada mais nada menos que não querer ser considerada uma cidadã de segunda.
Massagem prostática
Lá está... há muita gente a perder bons momentos de prazer devido a preconceitos e ao facto de ser ignorante face a determinados assuntos. Muitos homens só podem achar que se gostarem significa que são homossexuais e muitas mulheres acham o mesmo quando o parceiro lhes pede. Por isso é que muitos dos homens que sabem o que é bom ficam retraídos em pedir. O que não se compreende é o porquê de tamanho bico de sete cabeças! O rabo, quer nos homens quer nas mulheres tem inúmeras terminações nervosas, logo é uma fonte de prazer. Não obstante, o que acontece nos homens é que se irá estar a estimular a próstata e o prazer será intensificado. Qual é o mal disto?
Fantasias sexuais
Se tem perante si um parceiro que a reprime (sim... há muitas formas de repressão sem ser só a violência ou algo explícito) já vai sendo altura de ponderar o que está a fazer com ele, não acha?! Se não consegue satisfazer as suas fantasias, fetiches, desejos e vontades, vai fazê-lo com quem? Arranja um amante? Pois, realmente é o que faz muita gente... E não pense que desejar sexo forçado, sexo num local público, um ménage ou outros são só coisas da sua cabeça. Está na altura de começar a entregar-se e a ter o sexo que merece!
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