Virginia Woolf, Clarice Lispector, Agustina Bessa-Luís e Natália Correia são algumas das autoras em destaque na montra que abre a página oficial da Greta, que inclui ainda publicações feministas e ‘queer’ e uma secção de livros infantis.

A prioridade é “disponibilizar livros que foram publicados em pequenas editoras ou por autopublicação e que, por isso, não estão disponíveis nas grandes livrarias”, lê-se na página.

O projeto é de Lorena Travassos, fotógrafa e professora de Cultura Visual/Fotografia. A livraria tem nas estantes “livros escritos por mulheres (cis ou trans)”, de várias áreas (ficção, banda desenhada, livros infantis, história, estudos de género, poesia), e também revistas, zines e artes gráficas. Do digital para a loja física, a Greta foi inaugurada no passado dia 7 de setembro na Rua Palmira 66C, nos Anjos, em Lisboa.

O objetivo é refletir “os problemas de género” da atualidade e “tornar acessível a publicação de grande qualidade que está sendo produzida [sobre o tema], mas que não tem espaço”, afirma Lorena Travassos.

A livraria especializada vai acolher conversas, oficinas e lançamentos de livros, assumindo-se como “um lugar seguro para o encontro e debate de temas que sejam remetidos às comunidades LGBTQIA+, imigrantes e afrodescendentes de todos os lugares do mundo”.

A literatura à venda será exclusivamente da autoria de mulheres, mas o espaço é aberto a qualquer pessoa que busque “um mundo mais justo e ético”.

Além de livraria, a Greta é também um “clube”, no qual, através de uma assinatura anual, os seus membros poderão receber livros em casa - nalgumas modalidades, escolhidos com a curadoria da própria Lorena Travassos, doutorada em Ciências da Comunicação e especializada em arquivos coloniais e estudos de género.