O movimento O MAIOR SORRISO DO MUNDO nasce em 2013 para reforçar esta mensagem e representa alegria, amor, saúde e bem-estar.

Figuras públicas e empreendedores aderiram à causa e partilharam os seus testemunhos. Leia a história de António Henriques.

O que o faz sorrir?

António Henriques: Sorrio com naturalidade. Sou bem disposto e tenho a capacidade de sorrir com pequenas coisas.

Aquilo que o faz sorrir é o mesmo que o faz feliz?

António Henriques: É uma relação causa-efeito. Quando pensamos em algo que nos faça feliz, está associado um sorriso. Há uma sensação de bem-estar que o sorriso acompanha naturalmente.

Já passou por alguma adversidade?

António Henriques: Seguramente. É uma pergunta difícil. Vivo sempre em overbooking, com mil coisas para fazer, mão penso muito nas adversidades. Também costumo relativizar algumas coisas pelo que passei.

Acha que a sua personalidade positiva influencia os trabalhadores do grupo CH?

António Henriques: A minha influência começa na seleção das pessoas que entram para a empresa, temos de estar alinhados, apesar de cada um ter a sua marca. Influencio, mas não sou o único. Temos muitas pessoas aqui na empresa que o fazem.

Qual é o segredo para colaboradores felizes?

António Henriques: Nesta área de organizações, nunca é apenas um ingrediente. Quem entra no grupo CH sabe para onde vem. Quem vem colaborar connosco, quer muito vir para cá. Fazemos uma abordagem baseada em coisas simples: respeito, consideração, amizade. Temos um ambiente fantástico e genuíno e é quase uma família.

Quais é que são as características que procuram?

António Henriques: Inovação, bom-humor, transparência. Há um código genético da casa.

Existe muita competitividade entre os colaboradores?

António Henriques: Existe uma competição saudável, não existe um lado mau. Até porque entregamos prémios aos colaboradores mais votados entre os colegas.

Se pudesse dar um conselho a um empreendedor que perdeu o sorriso, qual seria?

António Henriques: Tem de o encontrar rapidamente (risos). Costumo brincar um bocadinho e digo que hoje em dia, ter empresas é quase um ato de loucura. A determinação tem de existir. Temos permanentemente objetivos na empresa e conseguimos alcançá-los sempre. Empreender obriga a saber aquilo que se quer e lutar muito por isso. E ter consciência de que não vai ser fácil. Hoje em dia para ter êxito em alguma coisa não podemos ter medo. Conselho: não desistir, nunca!

Em Portugal estamos a sorrir cada vez menos, segundo um estudo. O que é que faz falta aos portugueses?

António Henriques: O país está a passar por uma crise que deixa marcas nas pessoas e não é fácil sorrir quando as pessoas estão desempregadas. Há casos complexos, com condições difíceis, as terapias não seriam fáceis de aplicar. Mas acho que está ao alcance de cada um ver o copo meio cheio ou meio vazio. Os portugueses têm uma tendência fatalista do fado e da tristeza. As pessoas passam muito tempo nas empresas e aí é um papel que também passa pelas organizações, de transmitirem energia positiva. Eu por exemplo não vejo notícias, são demasiado negativas. Compro jornais ao fim-de-semana para me atualizar.

Gostava que pensasse numa história que possa inspirar os seus filhos daqui a algumas décadas

António Henriques: Uma história em formato livro contada para crianças. Ver as coisas na perspectiva das crianças, com a sua inocência, chega a ser desarmante, leva-nos para coisas tão básicas. Os nossos filhos têm uma visão do mundo muito diferente da nossa. Um mundo muito menos materialista, mais sustentável. Vão ter uma vida mais completa do que a nossa. Gerir pessoas, motivações e expectativas da nova geração também vai ser diferente.

Qual foi o momento em que mais sorriu dentro do grupo CH?

António Henriques:  Hoje? (risos)

Na vida da empresa (risos)

António Henriques: Não consigo dizer... Devo confessar que o que mais me faz sorrir é o sorriso das outras pessoas. Ver as pessoas felizes é algo que me faz profundamente feliz. Proporcionar momentos de felicidade.

O que lhe falta fazer?

António Henriques: Há aquela marca da árvore e dos filhos, que já realizei (risos). Falta um novo livro.

Entrevista: Mafalda Agante