O abolicionismo, o movimento político que lutou pela abolição da escravatura e pelo fim do comércio de escravos, correu o mundo entre os séculos XVII e XIX. Mas a luta está longe de ter chegado ao fim.
Em pleno século XXI estima-se que ainda existem cerca de 21 milhões de mulheres, homens e crianças que são escravizados. Seja através da exploração sexual, seja através da exploração laboral, passando pelo trabalho infantil, o casamento forçado ou o recrutamento de crianças e jovens para integrarem os conflitos armados. Estes são alguns exemplos de como a escravatura se manifesta no presente.
O dia 2 de dezembro foi o escolhido pela ONU, em 2004, como o Dia Internacional para a Abolição da Escravatura, não só para celebrar a abolição da escravatura dos séculos anteriores mas sobretudo para alertar a comunidade internacional que a escravatura não foi banida da sociedade e que pode manifestar-se de outras formas. Este dia recorda a Convenção das Nações Unidas para a Supressão do Tráfico de Pessoas e da Exploração da Prostituição de Outrem, assinada em 1949.
“É vital dar uma atenção especial ao combate à escravidão moderna e servidão que afecta os mais pobres, os grupos mais excluídos socialmente - incluindo os migrantes, mulheres, grupos étnicos discriminados, minorias e povos indígenas”, lembrou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
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