Na década de 80, mais concretamente em 1986, a revista inglesa The Economist criou um índice, intitulado The Bic Mac Index, que serve para determinar se as moedas de mais de 60 países estão no seu nível “correto”.
Baseando-se na teoria da paridade do poder de compra - método alternativo à taxa de câmbio para se calcular o poder de compra de dois países – a noção é que a longo prazo as taxas de câmbio devem avançar para uma taxa que supostamente deve igualar bens ou serviços idênticos em dois países distintos ou, neste caso específico, um hambúrguer Big Mac.
Por exemplo, em agosto de 2017, o valor deste hambúrguer nos EUA era de 5,30 dólares enquanto que na China foi de $2,92 às taxas de câmbio do mercado. Assim, chega-se à conclusão que o índice bruto Big Mac diz que o yuan (moeda chinesa) foi subavaliado em 45% naquela altura específica.
No entanto, apesar deste índice nunca ter sido criado como um indicador preciso do desajustamento da moeda, é uma boa ferramenta para tornar a taxa de câmbio um pouco mais “digerível” e tornou-se um padrão global, incluído em livros didáticos e tema de estudos académicos. Mas, nada como ver na prática o que realmente se pode comprar e comparar com o mesmo valor por esse mundo fora. Veja a refeição que pode fazer com 10€ no bolso, tendo como exemplo a marca detentora do famoso hambúrguer.
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