A conta de eletricidade é um dos gastos fixos mensais que todas as famílias têm de suportar. E é também um dos mais difíceis de reduzir. Apesar da liberalização do mercado de energia, as tarifas de eletricidade não têm descido e uma notícia divulgada recentemente pelo Jornal de Negócios dá conta de que a tendência é de que os preços da energia continuem a subir nos próximos anos.

No entanto, se pensa que paga muito pela eletricidade que consome, saiba que comparativamente com outros países europeus, Portugal tem valores médios mais baixos. A média europeia do preço por kWh é cerca de 0,137 euros por energia consumida, em Portugal este valor desce para os 0,121 euros por kWh, segundo dados do Eurostat relativos ao ano passado.

Onde se paga mais pela eletricidade?
O Chipre é o país onde o preço por kWh consumido é maior: O preço rondava os 0,228 euros em 2013. Esta situação deveu-se essencialmente à destruição acidental em 2011 da maior central de energia elétrica no país, responsável pela produção de 60% da eletricidade da ilha. Para cobrir os prejuízos sofridos, o governo do Chipre teve que implementar taxas adicionais nas faturas da eletricidade. A seguir ao Chipre, aparecem a Irlanda (0,195 euros/kWh), Espanha (0,175 euros/kWh) e Bélgica (0,158 euros/kWh) como os países onde os consumidores pagam mais pela eletricidade.

No polo oposto, a Macedónia é onde se paga menos pela eletricidade na Europa: cerca de 0,039 euros por kWh consumido. Também a Bósnia Herzegovina (0,069 euros/kWh) e a Bulgária (0,077 euros/kWh) estão entre os países onde a luz é mais barata.

Mudanças no mercado regulado em Portugal
Se notou no início do ano um aumento do preço da eletricidade que paga na sua fatura mensal, saiba que esta subida é resultado de um aumento médio de 2,8% que a ERSE (Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos) anunciou no final de 2013 para os consumidores que ainda permanecem no mercado de eletricidade regulado.

Recorde-se que no ano passado foram extintas, no âmbito da liberalização do mercado de energia, as tarifas reguladas na eletricidade e gás. Ou seja: são as operadoras de energia presentes no mercado que definem livremente os seus preços e não a ERSE. Assim sendo, os consumidores terão que fazer a mudança para o mercado livre até 2015. Até tomarem uma decisão final, os consumidores estão a ser abrangidos pela tarifa transitória da ERSE que é revista de três em três meses. À medida que o tempo passa, esta tarifa irá aumentar. Este aumento serve para estimular os consumidores a fazerem a transição para o mercado livre. Para saber mais sobre este assunto e ter acesso às simulações do Saldo Positivo, leia este artigo.

10 Dicas para diminuir a fatura da eletricidade
1. Opte por pintar as paredes com cores claras. Assim, está a reduzir a necessidade de iluminação artificial.
2. Utilize eletrodomésticos com a etiqueta energética da classe A+ ou A++.
3. Evite deixar alguns aparelhos como a televisão, a aparelhagem ou o DVD em “stand by”.
4. Quando estiver a cozinhar, evite abrir o forno. Ao fazê-lo está a perder cerca de 20% de energia. Além disso, ao desligar o forno um pouco antes da hora prevista está a conservar o calor e os alimentos continuam a cozinhar.
5. Troque as lâmpadas incandescentes pelas economizadoras. A fazê-lo poderá poupar 2,1% em energia.
6. Coloque o frigorífico num local fresco e afastado de fontes de calor. É também importante que não coloque alimentos quentes dentro do frigorífico.
7. A máquina de lavar louça é um dos eletrodomésticos que consome mais energia. Por isso, utilize-a apenas quando estiver completamente cheia.
8. Os ecrãs LCD poupam cerca de 37% de energia em funcionamento e cerca de 40% em modo de espera. Se não está a utilizar o ecrã, desligue-o.
9. Instale janelas com vidro duplo para evitar perdas de calor. 10. Tenha cuidado com a escolha do ar condicionado: para o mesmo nível de desempenho existem alguns aparelhos que consomem até mais de 60% de eletricidade do que outros.
10. Tenha cuidado com a escolha do ar condicionado: para o mesmo nível de desempenho existem alguns aparelhos que consomem até mais de 60% de eletricidade do que outros.

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