Porque é que a sua família escolheu Portugal para morar?
Pelo sol, pela natureza e pela simpatia das pessoas.

Há quantos anos se instalaram em Portugal?
Há 28 anos.

Abriram os restaurantes Joshua’s Shoarma há quanto tempo?
O primeiro restaurante abriu no centro de Cascais em 1990. Este ano celebramos 25 anos! As bodas de prata!

Quantos restaurantes já têm em Portugal?
Atualmente, temos 32 restaurantes e continuamos com uma estratégia de crescimento, tanto a nível nacional como internacional.

Onde?
Temos restaurantes nos maiores centros comerciais de norte a sul do país e um restaurante de rua na baixa de Lisboa.

Onde fez a sua formação de consultora nutricional?
Pelo Mundo. Tive o privilégio de ter os melhores professores nas licenciaturas e especializações que concluí. Licenciei-me em Ancient Indian Medicine (Medicina Tradicional Ayurvedica) em Londres, na Manipal Medical University - uma das maiores escolas de medicina do mundo – e especializei-me em alimentação funcional e nutrição integrada nos Estados Unidos, no “The Institute for Integrative Nutrition” e no “Hippocrates Health Institute”.

As viagens foram importantes para a sua formação?
Considero-as uma parte fundamental da minha formação. Destaco as viagens que fiz ao interior do Hawai, Golfo do México, África do Sul e Botswana, por exemplo, onde tive a oportunidade de ser acolhida e conviver com povos tribais que preservam costumes ancestrais muito ligados à natureza.

O que faz uma consultora nutricional?
Não me considero uma nutricionista. O meu trabalho envolve muito mais do que nutrição porque trabalho a diferentes níveis: físico e psicológico. A minha abordagem é baseada em criar liberdade e não em impor restrições. Dou a cada pessoa ferramentas e conhecimentos para que cada um saiba mais sobre o seu corpo e perceba a forma como reage. Procuro que as pessoas reestabeleçam uma relação POSITIVA com a comida. O objetivo é que cada um se torne autónomo para alcançar uma vida com mais energia, alegria e saúde. Defendo que devemos ser SOMOS “especialistas do nosso próprio corpo”.

O seu interesse pela alimentação e vida saudável foi motivado pelo negócio dos seus pais?
Inspiro-me na vida, nas experiências e, sim, também nos meus pais! Os meus pais adoram cozinhar! Na minha casa, a comida sempre foi deliciosa e saudável. E isso não só me marcou, como me motivou a querer mostrar a outras pessoas que comer de forma saudável pode ser realmente saboroso e divertido. Os meus pais são “experts” na arte de combinar sabores e texturas e ambos têm uma consciência muito forte sobre o que é ser saudável e do que significa respeitar a natureza, seja ao nível da alimentação, seja nos materiais que usamos, como os detergentes, por exemplo. Sempre usámos produtos de lavagem e limpeza ecológicos. São pequenos gestos que, se todos adotarem, fazem toda a diferença para o mundo. E eu quero que os meus - futuros - filhos e netos possam viver num ambiente saudável e não num planeta cinzento e poluído.

O que é o movimento MorLife?
É um movimento que inspira as pessoas a viverem melhor, ou seja, a alcançarem uma vida, não só mais saudável, mas também com mais vitalidade e alegria.

Quais são os seus objetivos?
Inspirar e dinamizar o movimento MorLife. Quero mostrar que a alegria e a vitalidade são possíveis de alcançar sem que isso signifique gastar dinheiro. Através de gestos simples no dia a dia podemos ter mais energia. Com uma forma de estar e pensar mais positiva, uma atitude mais proativa, uma maior consciência ambiental, sentimo-nos certamente mais felizes.

Quer chegar a quem?
A quem procura alcançar o bem estar em geral, não só físico, mas emocional e mental. A quem quer sentir-se bem consigo mesmo e com os outros.

Como está a divulgar o seu movimento?
Tenho estado envolvida em vários projetos. Além das palestras e workshops dirigidos sobretudo à população mais jovem, tenho tido oportunidade de falar deste movimento em programas de televisão, entrevistas na rádio, imprensa e internet. Tenho uma página de Facebook e estou também a escrever um livro que estará pronto em breve.

Já tem muitos seguidores?
Sim, em Portugal e no estrangeiro também.

O que é para si uma vida saudável?
É o estilo de vida MorLife, tal como descrevi. Ou seja, não é apenas ter um corpo saudável, mas também sentir alegria e bem estar consigo mesmo, com os outros e integrado no ambiente onde vive.

O exercício é tão ou mais importante do que a alimentação?
São indissociáveis. Mas mais importante que o exercício e a alimentação, é a forma como pensamos.

Quais são os seus hobbies?
Adoro dançar e cantar. Para além disso, sempre que posso viajo para locais onde ainda vivem tribos indígenas, com culturas que mantêm formas de estar muito ligadas à natureza. Gosto de fazer viagens de aventura e gosto de caminhar, mas mais do que andar, gosto de explorar trilhos diferentes, fora dos que já estão definidos e descobrir coisas novas. É o que me motiva a seguir em frente: a descoberta a todos os níveis.

Qual é o seu maior sonho?
Ver mais alegria nas pessoas, ouvir mais gargalhadas espontâneas, que as pessoas se aceitem umas às outras, sem bloqueios nem preconceitos, que cada um deixe fluir a sua verdadeira essência. Gosto de sentir o mundo vibrar mais e melhor.

E o seu maior objetivo profissional?
Partilhar pelo mundo o movimento Mor Life.

Onde passa férias?
Em qualquer lugar onde haja uma cascata. Quanto mais próximo da água e quanto menos industrializado, melhor.

Como se diverte com os amigos?
A viajar pelo mundo, a fazer descobertas, a dançar, tocar música à volta da fogueira, a cozinhar com eles, a inventar receitas inovadoras, a fazer sobremesas com ingredientes saudáveis!

O que a faz rir?
Fazer brincadeiras com os meus irmãos e amigos, a dançar como se ninguém estivesse a ver.

E o que a comove?
A honestidade, a integridade, a alegria genuína, a verdade.

Está bem com a vida?
Sim. O meu sorriso não mente.

Como define a felicidade?
Um grande bolo de mousse de chocolate derretido no meio!!! A felicidade é, para mim, algo muito específico. Gosto de perguntar a mim mesma todos os dias o que me faz feliz, porque quando conseguimos definir a felicidade conhecemo-nos melhor. A felicidade passa por saberes mais e melhor sobre ti, aceitar o que não podes mudar e ter a força necessária para mudar aquilo que podes mudar. Eu prefiro a palavra Alegria à palavra Felicidade porque Alegria traduz melhor a nossa força interior.