Segundo o dicionário da Língua Portuguesa, introspecção é: “Exame do que se passa no interior. Observação dos fenómenos psíquicos da própria consciência.”

A introspecção é uma capacidade exclusiva do ser humano, mas não gostamos da experiência. Cientistas tentam perceber porque é que pensar causa tanto incómodo. Pensar ou causar dor em si? Os cientistas do departamento de Psicologia da Universidade de Virgínia demonstraram que a maioria prefere a segunda hipótese. Este estudo foi publicado na revista Science.

O auto conhecimento é difícil porque dá trabalho (pensar). Este estudo, de acordo com a minha experiência profissional, vem reforçar algumas das nossas características em relação ao prazer imediato, ao comportamento impulsivo e repetitivo associado ao prazer, ao qual, uma grande parte de nós está vulnerável, de tal forma evidente que não reunimos as competências cognitivas e emocionais a fim de fazer uma gestão equilibrada da dor, do prazer imediato e dos impulsos. Eis alguns exemplos, abuso de drogas, lícitas e/ou ilícitas, incluindo o álcool, tabaco, o jogo, o sexo, trabalho, jogo, relacionamentos de intimidade românticos e a comida.

Porque é que não gostamos da introspeção? Tal como já foi referido nas dicas anteriores, todos nós desenvolvemos mecanismos de forma a fugir e a ludibriar a dor; negando, mentindo, racionalizando, procrastinando e justificando. Somos animais de hábitos e rotinas, algumas das quais, não possuímos sequer a consciência dos seus efeitos negativos a médio e a longo prazo.

Por outro lado, estes hábitos justificam-se somente porque reforçam os hábitos de recompensa com base no prazer imediato e impulsivo. Criamos um círculo vicioso do qual a baixa tolerância à dor e a frustração reforçam a necessidade do prazer e de recompensa imediata.

 
João Alexandre Rodrigues

Addiction Counselor

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