Estes são acontecimentos geralmente frequentes em todas as pessoas, que ocorrem em diversas situações, variando a atenção que damos a estes fenómenos e como os utilizamos. Mas são bons fenómenos, que nos indicam momentos onde os nossos recursos cognitivos estão mais libertos e, por isso, disponíveis para nos prestar novas informações sobre nós e sobre o que nos rodeia.

São informações dispersas, emanadas do nosso cérebro, decorrentes da sua forma de manifestar os resultados da nossa memória e experiências que temos guardadas.

As informações que contemos em memória são utilizadas no nosso dia-a-dia para realizar as nossas tarefas rotineiras, recorrendo às ferramentas e informações que já trazemos connosco. Da mesma forma, noutras tarefas fora da rotina, as informações em memória são utilizadas como utensílio ou como base para novas experiências. Em qualquer caso, estamos a utilizar os nossos recursos cognitivos, de forma variável com a situação, em cada momento do dia.

De forma normativa, tendemos a tornar os dias demasiado rotineiros, não permitindo uma expansão dos nossos recursos cognitivos, limitando-os e vivendo com esta limitação, potenciando a rotina e a não realização de novas experiências.

No entanto, devemos promover estes momentos de maior liberdade de recursos cognitivos. Significaria que estaríamos numa situação mais descansada, liberta e com uma mente mais repousada.

Deve variar as suas atividades do dia-a-dia. Claro que deve trabalhar e usar os recursos cognitivos que este implicar. Deve, ainda, ter atividades que sejam exigentes para o seu intelecto. Mas, da mesma forma, deve apostar em atividades que não sejam exigentes para os seus recursos cognitivos, onde possa aproveitar o tempo, momento a momento, de forma prazerosa e com lazer.

As informações que nos surgem quando estamos descansados são diferentes das que nos surgem de forma ocupada e em trabalho.

É importante que trate os seus recursos cognitivos como algo tangível, que devem ser cuidados e nutridos, promovidos e potenciados para que seja uma pessoa mais tranquila, menos preocupada e com mais ideias que possam, também elas, potenciar os seus momentos de reflexão e criatividade.

Tiago A. G. Fonseca

Psicólogo Clínico

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