Passa a vida com o lenço no nariz? Tem comichão nos olhos? Acorda durante a noite para se assoar? Se calhar tem rinite alérgica.

A rinite alérgica é caracterizada por sintomas como espirros, comichão, congestão e corrimento nasal e é induzida por alergénios que existem dentro e fora de casa, como o pólen, a ambrósia, os ácaros ou o pêlo dos animais de estimação.

Dados da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC) indicam que a rinite alérgica é uma das patologias crónicas mais frequentes ao afetar cerca de uma em cada quatro pessoas (entre 22% e 26% da população). Nas crianças pequenas, a prevalência é ainda maior, atingindo os 43%. Tipicamente, a rinite alérgica surge durante o final da infância ou adolescência.

A rinite não é uma doença que mata mas - quando não é controlada - tem um grande impacto na rotina diária, ao prejudicar o sono, diminuir a produtividade, provocar cefaleias, aumentar a sensação de cansaço e afetar o bem-estar físico, entre outros.

Em Portugal, a rinite é uma doença sub-diagnosticada e sub-tratada, porque uma grande maioria dos doentes "habitua-se" a viver com a sensação de "pingo no nariz", não procurando aconselhamento, junto do seu médico ou farmacêutico.

Um estudo com o objetivo de conhecer a prevalência da rinite em Portugal Continental (RDR2000)* revela que apenas 20% dos doentes com rinite procura um médico por queixas da doença e apenas 16% tinham sido observados em consultas de especialidade de Imunoalergologia.

As diferenças entre a constipação e a rinite alérgica

Como muitos dos sintomas da rinite alérgica são semelhantes à constipação, algumas pessoas pensam que estão com uma constipação, embora tenham na verdade rinite alérgica.

Esta patologia não provoca febre nem dores corporais e a alergia manifesta-se durante vários dias consecutivos, podendo durar meses.

Depois da chuva do inverno, o tempo mais quente e seco desencadeia a polonização de muitas plantas. Porém, o pólen de algumas árvores, relva e ervas é leve, pequeno e redondo, e por isso é fácil de se dispersar no ar. Dessa forma, durante a primavera as pessoas têm um contacto prolongado e intenso com o pólen.

Os sintomas típicos da rinite alérgica são os espirros frequentes, comichão no nariz ou garganta e a sensação de nariz a pingar ou entupido.

De acordo com os especialistas médicos da SPAIC, nas crianças, a obstrução nasal persistente provocada, por exemplo, por uma rinite não diagnosticada, por provocar a deformação do palato - céu da boca -, conduzir a anomalias nas arcadas dentárias e gerar uma anormal implantação dos dentes, por vezes de correção difícil.

Por outro lado, a sinusite - processo inflamatório dos seios perinasais - complica cerca de metade dos casos de rinite alérgica, aumenta a susceptibilidade a infeções víricas e bacterianas e o conjunto de sintomas que a caracterizam, nomeadamente as dores de cabeça, as náuseas, as tonturas, o aparecimento de secreções nasais de difícil eliminação, complica ainda mais o dia-a-dia dos doentes.

Hoje em dia existe evidência de que a rinite mal controlada pode conduzir a complicações que vão desde a sinusite à asma, passando pela otite média, por anomalias na implantação dos dentes e por perturbações do sono mais ou menos graves.

Para evitar este tipo de problemas é importante tratar a rinite com, por exemplo, um anti-histamínico que proporcione um alívio dos sintomas associados com a rinite alérgica sazonal, como espirros, comichão, corrimento nasal e nariz entupido. Telfast pode ser tomado por adultos e adolescentes de idade igual ou superior a 12 anos. A dose recomendada é de 1 comprimido (120 mg) por dia. O comprimido deve ser tomado com água antes das refeições e reduz os sintomas durante 24 horas.

Telfast (Fexofenadina) está indicado no alívio dos sintomas associados com rinite alérgica sazonal, em adultos e crianças com mais de 12 anos. A dose recomendada é de 1 comprimido por dia tomado antes de uma refeição. Doentes com doença cardiovascular devem ser advertidos que os anti-histamínicos estão associados a efeitos secundários como taquicardia e palpitações. Precaução de utilização em doentes hepáticos e insuficientes renais. Medicamento Não Sujeito a Receita Médica. Leia atentamente o folheto Informativo e em caso de dúvida ou persistência dos sintomas contacte o seu médico ou farmacêutico. (1.0) SAPT.FEX.18.05.0273 a Maio 2018

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*Castel-Branco MG, Ferraz de Oliveira J, Cernadas J, et al. Redefinindo a Rinite - RDR 2000/SPAIC 2000.