O pequeno-almoço é a primeira refeição dia, que quebra o jejum depois do período de sono. Durante o sono os nossos níveis energéticos baixam e são apenas utilizados para a manutenção das funções básicas do organismo, pelo que é de extrema importância nunca omitir esta refeição para repor estes níveis e assim melhorar o rendimento cognitivo e concentração, evitar a fraqueza ao final da manhã e reduzir o apetite para o almoço, contribuindo para uma distribuição alimentar e calórica mais saudável e equilibrada ao longo do dia.
Quem nunca sentiu suores frios, sensação de desmaio, mal-estar e má-disposição geral, impaciência, dores de cabeça durante o período da manhã? 
Poderemos estar presentes perante algumas das consequências da supressão do pequeno-almoço. A falta de tempo é desfavorável à realização de um pequeno-almoço tranquilo que permita apreciar os sabores. Atualmente, a grande diversidade de produtos alimentares fáceis de utilizar e confeccionar existentes no mercado não justifica o prolongamento do “jejum noturno” por mais horas, em alguns casos até hora do almoço. 
É fundamental criar o hábito matinal de reservar cinco minutos da agenda diária para esta refeição. Quem não tem apetite ou não consegue comer logo após acordar, não deve forçar. É aconselhável estimular gradualmente o apetite em dias ou semanas consecutivas, começando por alimentos leves, a gosto e em pequenas quantidades, aumentando-as gradualmente.
Para obter o máximo potencial dos benefícios do pequeno-almoço, o mesmo deve ser completo, variado e equilibrado, combinando todos os nutrientes necessários ao nosso organismo. Este deverá corresponder a cerca de 20-25% da energia total do nosso dia e ser rico em hidratos de carbono complexos, rico em proteínas e com baixo teor de gorduras. 
Nesta refeição deve obrigatoriamente fazer parte determinados grupos alimentares como a fruta fresca da época, o pão escuro e flocos de cereais pouco açucarados, o leite ou iogurte, sem esquecer a imprescindível água ao iniciar o dia.
Todos beneficiamos em tomar o pequeno-almoço. Dado o período rápido de crescimento e desenvolvimento, as crianças e adolescentes não devem ser privadas desta refeição, torna-se imprescindível para a melhoria da sua capacidade cognitiva e de concentração nas aulas. 
Um desportista necessitará de aumentar o seu rendimento físico, assim como qualquer tipo de trabalhador que precisará de aumentar a sua capacidade de resposta, de evitar a fraqueza matinal e aumentar os seus níveis energéticos logo pela manhã. Existem mesmo alguns estudos que referem uma maior propensão para acidentes de trabalho, de viação ou domésticos, durante o período da manhã, para indivíduos que não tomam o pequeno-almoço.
O pequeno-almoço, tal como qualquer refeição, deve ser ajustado às necessidades individuais e ter em conta os factores diferenciados de cada indivíduo, como a idade, sexo, a prática de actividade física, etc. 

Ficam aqui alguns exemplos de pequeno-almoço saudável, equilibrado e completo para que possa variar no seu dia-a-dia:
1 Pão integral (50g)
1 Colher de chá de manteiga
1 Chávena de leite simples com café (250 ml)
1 Maçã (160g)
1 Copo com água
5 Colheres de sopa de cereais de pequeno-almoço
1 e ½ iogurte sólido (200g)
1 Fatia de melão (160g)
1 Copo com água
6 Bolachas tipo Maria
1 Iogurte líquido (200g)
1 Fatia de ananás (160g)
1 Copo com água
2 Fatias de pão integral (50g)
2 Fatias finas de queijo
1 Chávena de leite simples (250 ml)
1 Pêra (160g)
1 Copo com água
6 Bolachas do tipo água e sal
¼ de queijo fresco (50g)
1 e ½ iogurte sólido (200g)
Sumo de uma laranja (160g)
1 Copo com água
Associação Portuguesa dos Nutricionistas