26 de junho de 2013 - 09h44
Os utentes do Serviço Nacional de Saúde aguardaram, em média, três meses para serem operados em 2012, mas 15,1 por cento dos doentes acabam por ser intervencionados fora dos tempos devidos, revela relatório da atividade cirúrgica nacional.
O documento, que apresenta a informação revista e corrige os dados provisórios, revela que no ano passado foram alvo de intervenção cirúrgica 534.415 inscritos para cirurgia, mais 6,1% do que em 2011.
Destes, a maioria foi operada nos hospitais públicos (445 mil), seguindo-se os hospitais em Parceria Público Privada (37.302), 26.852 foram operados em hospitais convencionados e 25.261 em hospitais com protocolo.
Relativamente a 2006, o relatório indica que os doentes operados aumentaram 54,8%.
Em 2012, e segundo o documento hoje divulgado pelo Ministério da Saúde, o número de doentes propostos para cirurgia cresceu a um ritmo de 2,1% face ao ano anterior (38,1% face a 2006).
A Lista de Inscritos para Cirurgia diminuiu 7,5% face ao ano anterior, com menos 13.558 a aguardar cirurgia.
Relativamente à mediana de tempo de espera para cirurgia, esta situou-se nos três meses em 2012, a qual foi “a mais baixa de sempre no SNS”, segundo o Ministério da Saúde.
A percentagem de inscritos que ultrapassavam os Tempos Máximos de Resposta Garantidos (TMRG) era de 15,1% no ano passado. Ainda assim, baixou 4,4 por cento face a 2011.
Em relação aos vales-cirurgia, o documento refere que foram emitidos 84.734. Destes, 24.279 (28,7%) foram cativados, dos quais 20.458 (84,3%) correspondentes a pessoas que foram operadas e 2.084 (8,6 por cento) aguardam cirurgia.
O Ministério da Saúde informou ainda que, em 2012, foram alvo de intervenção cirúrgica 41.705 inscritos para cirurgia com diagnóstico de neoplasia maligna: menos 0,7% do que no ano anterior (mais 53,8 por cento face a 2006).
Do total destes doentes que foram submetidos a uma cirurgia, apenas aumentou a percentagem dos operados em hospitais com PPP (mais 33,6 por cento face a 2011).
A mediana do tempo de espera para cirurgia aumentou de 25 para 26 dias, enquanto a percentagem dos inscritos que ultrapassaram os TMRG baixou 8,4 por cento.
Ainda assim, “21,7 por cento dos doentes não foram operados dentro dos tempos adequados”, lê-se no documento.
Introduzido em 2004, o Sistema Integrado de Gestão dos Inscritos para Cirurgia (SIGIC) regula a atividade a atividade cirúrgica na dependência do SNS de quase todos os episódios cirúrgicos.
SAPO Saúde com Lusa