A ação de protesto é organizada pela Comissão de Utentes da União de Freguesias de Santo Antão do Tojal/São Julião do Tojal e da freguesia de Fanhões.

O atual centro de saúde, que serve duas freguesias, localiza-se na localidade de Santo Antão de Tojal num prédio de habitação com dois pisos, que, segundo a comissão, “já não tem condições para atender os cerca de 11 mil utentes ali afetos.

“É bastante antigo e cheio de barreiras arquitetónicas. A maioria dos utentes são idosos e dá-se o caso de algumas consultas serem feitas na rua porque já não conseguem subir ao segundo andar”, disse à agência Lusa Sérgio Pratas, porta-voz da comissão de utentes.

Sérgio Pratas adiantou que a Câmara de Loures já disponibilizou um terreno para a construção do novo centro de saúde, mas que até agora o Governo não se disponibilizou a fazer a obra.

“Andamos há muitos anos a batalhar. Está aqui uma situação muito grave e urgente que tem de ser resolvida. As pessoas estão muito revoltadas com esta situação”, apontou.

Por seu turno, também em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara de Loures, Bernardino Soares (CDU), solidarizou-se com o protesto dos utentes e referiu que a autarquia tem estado em contacto com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT).

“É um dos dois centros de saúde que a ARS considera ser mais prioritário para o concelho. O terreno que nós disponibilizámos já foi visitado por eles, mas até agora não obtivemos nenhuma resposta”, afirmou o autarca.

Além de Santo Antão do Tojal, a autarquia de Loures identificou como prioritária a construção de um centro de saúde na localidade de Santa Iria da Azóia.

Contactada pela Lusa, fonte da ARSLVT confirmou a intenção do Governo em construir um novo centro de saúde em Santo Antão do Tojal e em Santa Iria da Azóia, mas ressalvou que ainda não existem previsões de quando é que as obras se poderão iniciar.