Nesse novo espaço funcionará uma enfermaria de transição destinada a "evitar o acumular de macas nos corredores da urgência e a proporcionar aos utentes melhores condições na passagem para o internamento", explica Miguel Paiva, presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar do Entre Douro e Vouga (CHEDV), que tutela a unidade da Feira.

A ampliação anunciada também permitirá criar uma nova área de apoio aos profissionais do serviço, nomeadamente balneários e vestiários, porque aqueles técnicos "passam muito tempo na urgência, têm turnos de 12 e até 24 horas, e precisam de condições de trabalho humanas para exercer as suas funções com qualidade".

Para acrescentar ao edifício do S. Sebastião esses novos 400 metros quadrados com garantia de contiguidade ao atual serviço de urgência, a solução técnica encontrada foi a escavação sob o jardim interior do hospital, que se situa "imediatamente acima e ao lado" da valência médico-cirúrgica a intervencionar.

"É como se fôssemos criar ali dois novos pisos subterrâneos", refere Miguel Paiva. "Um ficará na continuidade da atual urgência e vai acolher a nova enfermaria de transição para o internamento; o outro ainda não terá utilização agora, mas já vai criar espaço para um projeto que temos em vista para o futuro, que é a ampliação do serviço de cirurgia de ambulatório", antecipa.

Esse segundo espaço aumentará a capacidade de resposta ambulatória do hospital, encurtando a lista de espera para intervenções como cirurgias à tiróide e colecistectomias vesiculares.

Prevendo que as obras possam arrancar antes do final de 2016 e ficar concluídas no prazo de um ano, Miguel Paiva defende que os efeitos da empreitada no normal funcionamento do hospital serão "os mínimos possíveis" e terão grandes vantagens no futuro, dados os objetivos visados com a intervenção de 2,2 milhões de euros.

O principal é "reduzir o período de espera na urgência e o tempo que os utentes permanecem nesse serviço", mas, segundo o administrador do CHEDV, a obra permitirá também: "melhorar a organização e as condições de segurança e conforto do espaço destinado ao atendimento dos utentes; aumentar o humanismo e a qualidade do serviço prestado; reduzir os níveis de desperdício para maior produtividade e eficiência dos recursos; e aumentar o grau de satisfação dos utentes e dos próprios profissionais da instituição".