Os testes, a cargo do Laboratório de Neurociências da Visão do IBILI (Instituto de Imagem Biomédica e Ciências da Vida) em colaboração com Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS), ambos da FMUC, são considerados fundamentais pelos promotores "para os cientistas encontrarem respostas para tantas perguntas", lê-se num documento a que a agência Lusa teve hoje acesso.

A investigação tem como objetivo "conhecer as causas e os mecanismos cerebrais que podem estar alterados" na neurofibromatose de tipo 1 (NF1), uma patologia genética, geralmente benigna - em que a formação de pequenos tumores externos devido ao crescimento anormal do tecido nervoso ocorre pela redução de uma proteína utilizada pelo corpo humano precisamente para evitar o surgimento de tumores - mas que pode provocar perdas de visão.

Os especialistas explicam que a investigação passa por "um estudo observacional", sem alteração das rotinas diárias ou tratamentos habituais dos doentes, "aprovado pela Comissão de Ética Independente da FMUC de modo a garantir a proteção dos direitos, segurança e bem-estar de todos os participantes", homens e mulheres maiores de 18 anos.

Inclui a realização de uma ressonância magnética, um eletroencefalograma e uma estimulação magnética transcraniana - através de um aparelho posicionado no couro cabeludo, que gera um campo magnético e suscita respostas motoras - técnica que os investigadores garantem ser indolor e não evasiva.

"Os dados que serão recolhidos irão contribuir para uma melhor informação dos investigadores e dos médicos de forma a melhorar a compreensão existente sobre a NF1 e possibilitar o desenvolvimento de novas terapêuticas", sustenta.