De acordo com o documento "Portugal - Doenças Respiratórias em Números 2014", do Programa Nacional para as Doenças Respiratórias, da Direção Geral da Saúde (DGS), em termos de letalidade intra-hospitalar, as doenças respiratórias causam mais óbitos do que as doenças neoplásicas e as cardio-circulatórias.

Em 2013, registaram-se 12.494 óbitos hospitalares com causa respiratória (26%), refere o relatório, que será hoje apresentado em Lisboa.

Analisando a evolução do número de internamentos da globalidade das doenças respiratórias, o documento aponta para um aumento de forma consistente desde 2009.

“Este aumento decorre sobretudo dos casos ambulatórios e dos internamentos inferiores a 24 horas. Assistiu-se também, desde 2009, a uma redução de 1,7 dias na demora média. A mortalidade hospitalar tem aumentado, mas não a mortalidade prematura”, lê-se no relatório.

Os custos associados aos internamentos por doenças respiratórias atingiram 232,1 milhões de euros em 2012.

“As doenças respiratórias, excluindo o cancro do pulmão, constituem também a terceira mais importante causa de custos diretos relacionados com os internamentos hospitalares a seguir aos custos das doenças cardiovasculares e do sistema nervoso, sendo 70,7% desses custos atribuídos a doentes com 65 ou mais anos”, prossegue o documento.

Os autores referem que o custo médio de um internamento por doença respiratória foi, em 2012, de 1.982 euros.