25 de julho de 2013 - 14h32
Cerca de quatro dezenas de pessoas manifestaram-se hoje em frente ao Hospital de Santa Maria, em Lisboa, em defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS), e reclamaram a demissão do Governo.
"O SNS está a ser atacado como nunca. Fecham serviços, encerram maternidades, as taxas moderadoras são cada vez mais caras, aumentam o horário de trabalho dos profissionais de saúde e a manutenção de alguns equipamentos hospitalares não é feita", disse à agência Lusa Fátima Amaral, da Plataforma Lisboa em Defesa do Serviço Nacional de Saúde.
Esta responsável acrescentou que as políticas seguidas pelo Governo "estão a pôr em causa os direitos conquistados pelo 25 de Abril", além de, segundo a Plataforma, promover a desigualdade e a descriminação, em vez da coesão social.
"O Governo já teve o seu tempo e não está em condições de assegurar a continuidade e o cumprimento do Serviço Nacional de Saúde. Há doentes que não conseguem pagar os seus medicamentos, além de haver outros pacientes com doenças crónicas a quem não é facultada a medicação", sublinhou Fátima Amaral.
O movimento cívico reivindica, entre outras medidas, a suspensão da decisão governamental de encerramento da Maternidade Alfredo da Costa, o fim das Parcerias Público Privadas (PPP), a redução dos custos com a saúde pelos utentes, e serviços com mais capacidade de resposta e mais próximos das populações através do reforço dos meios dos Cuidados de Saúde Primários.
"É preciso uma política alternativa que garanta o SNS, o qual tem sido atacado por este Governo. Prevê-se o despedimento de mais de 30 mil funcionários públicos, que irá, naturalmente, provocar uma menor prestação dos serviços e dos cuidados do Serviço Nacional de Saúde", defendeu Carla Cruz, eleita do PCP na Assembleia da República.
A deputada parlamentar frisou que estas manifestações dos movimentos cívicos "são importantes" para manter viva a defesa do SNS.
Lusa