Dores e sensação de aperto no peito, falta de ar, fadiga e náuseas são alguns dos sintomas mais comuns de um enfarte e quem sofre precisa de receber atendimento médico imediato. Quem sobrevive, tem de adotar hábitos de vida saudáveis, como abandonar o tabaco, melhorar a dieta e praticar desporto.

Mas quase metade dos enfartes são silenciosos, não provocam sintomas e passam desapercebidos. As vítimas estão expostas a um maior risco de doença cardiovascular e morte prematura, conclui um estudo publicado no jornal científico "Circulation" editado pela Associação Americana do Coração.

No estudo, os cientistas analisaram dados de quatro comunidades norte-americanas inscritas num estudo para avaliar as causas e consequências da aterosclerose, o progressivo endurecimento e acumulação de placa composta por lípidos e tecido fibroso nas paredes das artérias, entupindo-as. Este é um dos principais fatores de risco para o ataque cardíaco e outras doenças coronárias.

Leia tambémO adoçante faz menos mal? 18 mentiras sobre a saúde do coração

Leia ainda10 mentiras (em que acreditou) sobre a hipertensão arterial

Desde 1987 até 2013, cerca de 9.000 voluntários, de ambos os sexos, passaram por cinco avaliações médicas em que foram submetidos a eletrocardiogramas (ECG).

Das pessoas analisadas, 386 tiveram enfartes sintomáticos, enquanto 317 sofreram ataques cardíacos silenciosos ou assintomáticos que só foram diagnosticados graças ao ECG (45% do total de episódios).

De acordo com os investigadores, esses doentes apresentam hipóteses três vezes maiores de morrerem de doença cardíaca do que os voluntários que não tiveram um ataque sem sintomas, além de um risco de morte por qualquer causa 34% superior.

Segundo o mesmo estudo, os ataques silenciosos são mais comuns em homens, mas são as mulheres que estatisticamente mais morrem como consequência.

Leia ainda: Os 8 fatores de risco da hipertensão